DESENVOLVENDO UMA TERCEIRA CULTURA NAS ESCOLAS: HABITUS SOCIOLÓGICO, ESTRANHAMENTO E DESNATURALIZAÇÃO DE PRECONCEITOS
DOI:
https://doi.org/10.21669/tomo.v0i15.489Resumo
A relativa ausência de uma tradição na produção de conhecimento sociológico nas escolas, associada à pouca formação dos/professores alocados para a disciplina de sociologia, tem gerado a necessidade de uma reflexão coletiva acerca dos objetivos, conteúdos e metodologias adequados àquele nível de ensino, assim como da formação docente. O presente artigo sugere que o objetivo último de capacitar os/as estudantes para o exercício da cidadania proposto pela Lei de Diretrizes e Bases de 1996 só pode ser alcançado mediante um processo de estranhamento e desnaturalização dos preconceitos da vida cotidiana, conforme enfatizado pelas Orientações Curriculares Nacionais. Tal processo envolve um movimento triplo. Primeiro, a aproximação dos conteúdos sociológicos com a realidade das escolas, promovida, sobretudo, pela autoformação. Esta aproximação faz com que os/as estudantes tomem consciência dos preconceitos, no sentido Gadameriano do termo, que informam suas ações e representações da realidade. Segundo, a introdução de um horizonte sociológico relativos a temas, conceitos e teorias que possibilitem o estranhamento daqueles preconceitos. Por fim, o desenvolvimento de determinadas habilidades e disposições das ciências sociais que caracterizam aquilo que Bernard Lahire define como um habitus sociológico e que, em última instância, levaria ao desenvolvimento de uma terceira cultura, entre a literária e a científica, nas escolas.Downloads
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