ETNOGRAFIA EM GRUPOS RELIGIOSOS: RELATIVIZAR O ABSOLUTO
DOI:
https://doi.org/10.21669/tomo.v0i14.498Resumo
Na busca de compreensão da alteridade, muitas vezes o antropólogo “quer arrancar a própria pele” a fim de entrar na dos “nativos” (Bastide) para decifrar “desde dentro” a lógica interna deste Outro. Todavia, quando se trata das crenças nativas, a recepção destas pelo antropólogo se dá tomando-as como metáforas de uma interpretação que via de regra é externa à “crença em si”, situando-as nas esferas do social, cultural, da estrutura cognitiva etc. Nesta perspectiva assistimos antropólogos sendo exorcizados em cultos pentecostais, “batendo cabeça para o Santo” nos candomblés ou fardando-se no Santo Daime, participando do cotidiano religioso de seus “nativos”, mas com uma percepção diferenciada destes. Um dilema de pronto se apresenta, na medida que a prática antropológica relativiza aquilo que é vivido como absoluto pelos crentes (Segato, 1992). No entanto, em muitos momentos o antropólogo surpreende- se vivenciando também a “experiência religiosa” destes “nativos”. Qual o lugar desta experiência “mágica, mística, transcendente” na etnografia e na teoria antropológica?Downloads
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