Filho da mãe! Contradições feministas da maternidade
Abstract
Compreende-se o feminismo como um campo político (FRACCARO, 2018), que surge a partir da necessidade de enfrentar uma sociedade capitalista-patriarcal-racista (SAFFIOTI, 1987). E mulheres, como uma categoria política, diversa e antagônica ao padrão homogêneo de mulher, condicionadas pelo estereótipo de gênero imbuído de fragilidade, dependentes da figura masculina. No que cabe a maternagem, pelo cuidado e doçura, delegam a ela a responsabilidade com a criação. “Filho da mãe!” é definido como expressão coloquial carregada de signos e significados, que impõe o “lugar da mulher” na sociedade, que se exacerba no atual cenário político ultraconservador. Através da categoria trabalho são expressas as contradições na leitura da maternagem, uma vez que, o dispêndio de energia gasto pelas mulheres no cuidado dos/as filhos/as e domicílios não é tratado como trabalho, dificultando o reconhecimento das múltiplas jornadas – e consequências – a que estas estão submetidas de forma exploratória e violenta.
PALAVRAS-CHAVE: Trabalho. Feminismo. Maternagem.
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