A IMPOSIÇÃO DA MATERNIDADE E O FRACASSO FEMININO NA NIGÉRIA MODERNA EM "FIQUE COMIGO", (2017), DE AYÒBÁMI ADÉBÁYÒ
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v12i25.p228-244Palavras-chave:
feminismo, feminismo negro, stay with meResumo
Analisou-se a obra Fique Comigo, de Ayòbámi Adébáyò, publicada em 2017, focando na obrigatoriedade da maternidade em sociedades patriarcais da Nigéria e a forma como esta se reflete em sucesso ou fracasso das mulheres. Evidenciou-se a representação simbólica do fracasso na protagonista, cuja narrativa revolvendo os empecilhos aparentes em sua vida rumo à maternidade se dá durante a maioria do romance. Voltada ao movimento feminista e seu trajeto histórico, esta análise utilizou aportes teóricos de: Simone de Beauvoir (2019); Michelle Perrot (2019), Heleieth Saffioti (2015), dentre outros. Quanto ao feminismo negro, foram utilizadas obras das teóricas Angela Davis (2016); Djamila Ribeiro (2018); Bell Hooks (2019); dentre outras. Em relação ao feminismo como movimento literário, encontram-se as obras das estudiosas Virginia Woolf (2019) e Elaine Showalter (2014). A análise revelou que a personagem Yejide sofreu grande pressão para engravidar, e somente pela maternidade seu valor foi determinado pela sociedade patriarcal. Consequentemente, projetou suas expectativas de felicidade na maternidade, modelo de sucesso nigeriano, provando a necessidade de discussões com foco no feminismo negro na sociedade patriarcal.
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