O afeto erótico como estratégia de resistência na poesia de Alex Polari
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v13i28.p115-127Palavras-chave:
Literatura de testemunho., Poesia de resistência., Ditadura civil-militar brasileira., Alex Polari.Resumo
Este artigo objetiva analisar os poemas “Amar em aparelhos” e “Escusas poéticas – II”, ambos da obra Inventário de cicatrizes (1978), de Alex Polari, na perspectiva da literatura de testemunho e resistência à ditadura civil-militar brasileira (1964-1985). Busca-se, de modo específico, investigar como o erotismo se apresenta como estratégia de resistência, pois o resgate de lembranças de prazer, amor e desejo, taticamente, é usado como um modo de suportar a dor, resistir ao aparelho repressivo que tenta, através da barbárie, usurpar tudo aquilo que faz parte da esfera do humano, como as emoções, sensações e sentimentos. A pesquisa, eminentemente bibliográfica, se fundamentará nas teorias e estudos críticos de Adorno (2003), Bosi (1977; 1996), Ginzburg (2013), Moraña (1995), entre outros. Por fim, espera-se que esse trabalho possa contribuir para os estudos de literatura de testemunho, em especial a brasileira, com destaque para a poesia de resistência, expandindo seu alcance de divulgação e debate.
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