HANÓI: A METÁFORA DA VIAGEM DEFINITIVA
HANOI: THE METAPHOR OF THE FINAL JOURNEY
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v8i16Abstract
RESUMO: A inerência da temática da viagem ao próprio ser humano é uma emblemática presente em muitos romances, abordando o deslocar-se através das fronteiras, dos espaços, tanto físicos quanto metafóricos, atrelado a um desejo de compreender a si e uma necessidade própria do homem de lidar com aquilo que irá causar o sentimento de estranhamento, de diferença. Relaciona-se a tais pontos, a efemeridade humana, que é uma indubitabilidade da frágil existência, a vida enquanto uma fratura entre o nascer e o morrer. Tais angústias conferem ao protagonista David, do romance Hanói (2013), de Adriana Lisboa, um desejo por compreender a si próprio e desvelar a sua interioridade, por intermédio daquilo que infere uma cisão entre o sujeito que é e o que (não) poderá ser, devido ao seu pouco tempo de vida. Deste modo, o objetivo deste artigo é analisar a trajetória do protagonista em face de sua efemeridade, buscando refletir sobre a vida, a morte e o morrer, enquanto uma viagem.
PALAVRAS-CHAVE: Morte. Viagem. Hanói. Construção de Identidades.
ABSTRACT: The inherent theme of the trip to the human being is an emblematic one present in many novels, approaching the move through the borders, the physical and metaphorical spaces, linked to a desire of self-comprehension and a man's own need to deal with what causes the feeling of estrangement, of difference. It relates to such points, human ephemerality, which is an indubitability of the fragile existence, life as a break between birth and death. Such anguishes give the protagonist David, from the novel Hanoi (2013), by Adriana Lisboa, a desire for self-comprehension and to reveal its interiority, by means of that which infers a split between the subject who is and what it will (not) be due to his short time of life. Thus, the purpose of this article is to analyze the trajectory of the protagonist in the face of his ephemerality, seeking to reflect about life, death and the dying, as a journey.
KEYWORDS: Death. Journey. Hanoi. Construction of Identities.
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