O OLHO OBSCENO DO MEU DEUS: A IMAGEM DIVINA NA PROSA DE HILDA HILST
THE OBSCENE EYE OF MY GOD: THE DIVINE IMAGE IN THE PROSE OF HILDA HILST
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v8i16Resumen
RESUMO: O propósito deste trabalho é o de interpretar de que modo a imagem de Deus é construída na prosa de ficção de Hilda Hilst, principalmente em diálogo com as obras A obscena senhora D (1982) e Com os meus olhos de cão (1986). Em outros termos, pretende-se compreender e, ao mesmo tempo, problematizar o procedimento empregado pelo texto hilstiano para conceber o Inominável. Como traço característico de sua obra, a busca incansável pelo ser divino não se limita a se deparar com a sua ausência implacável, mas se transveste, sob o viés do obsceno proposto por Henry Miller (1949), no movimento de corporificação, isto é, de humanização com ênfase em seus contornos eminentemente carnais.
PALAVRAS-CHAVE: Deus. Corpo. Obsceno. Hilda Hilst.
ABSTRACT: The purpose of this work is to interpret how the image of God is built in Hilda Hilst's prose of fiction, especially in dialogue with the books A obscena senhora D (1982) and Com os meus olhos de cão (1986). In other words, it is intended to understand and, at the same time, to problematize the procedure employed by the Hilstian’s text to conceive the Unspeakable. As a characteristic feature of his work, the tireless search of the divine being does not confine itself to its relentless absence, but transposes, under the bias of the obscene proposed by Henry Miller (1949), in the embodiment movement, that is, of humanization with an emphasis on its eminently carnal contours.
KEYWORDS: God. Body. Obscene. Hilda Hilst.
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