UM CAVALO NA MINHA PAISAGEM: O SUJEITO LÍRICO QUE SE DESLOCA PARA A MORTE DO OUTRO
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v12i25.p365-376Palabras clave:
Horizonte, Sujeito lírico, Paisagem, Morte, Cecília MeirelesResumen
O presente trabalho se debruça sobre o estudo da paisagem na poesia de Cecília Meireles, em específico, a experiência de morte que afeta o sujeito lírico no poema O Cavalo Morto (1983). A paisagem construída pelo sujeito lírico e que, mutuamente, o constitui como ser tocado pela morte será analisada com base nos princípios teóricos do poeta e pesquisador francês Michel Collot, acionando as noções que perpassam a estrutura de horizonte, o sujeito lírico fora de si e o referente poético. Para que o sujeito experiencie a morte na morte de outro é necessário um deslocamento de seu lugar na paisagem em direção ao horizonte, podendo, em curtos golpes de vista, transcender essa estrutura. Esse estudo parte de uma perspectiva em que o sujeito poeta participa da experiência de morte na constituição da paisagem literária, portanto, considera o objeto literário como uma produção poética do eu em que sujeito e paisagem se constituem mutuamente.
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