VIDA E PROEZAS DE ALÉXIS ZORBÁS: O CAOSMO DE NIKOS KAZANTZÁKIS?
DOI :
https://doi.org/10.51951/ti.v12i25.p281-296Mots-clés :
Aléxis Zorbás., Assim falava Zaratustra., Literatura e Filosofia., Literatura grega., Nikos Kazantzákis.Résumé
Entre 1941 e 1943, Nikos Kazantzákis escreveu Vida e proezas de Aléxis Zorbás, romance publicado em 1946. O livro trata de um narrador em busca da plena experimentação da vida e chegou ao Brasil em 1951. Ao comprar uma mina de carvão na ilha de Creta, o narrador conhece Aléxis Zorbás, personagem vivido e pitoresco, e busca entregar-se à apreciação e à vivência da vida. Com o decorrer da narrativa, podemos concluir que Zorbás representa a figura daquele que ultrapassou as barreiras morais e os juízos éticos dos homens, mas não se desvinculou de certo primitivismo. Os princípios apolíneo e dionisíaco se interpenetram tanto no pensamento de Nietzsche quanto na prosa kazantzakiana, levando-nos à ideia do “caosmos”, expressão que, consoante Roberto Machado, adviria de Joyce e concentraria os polos de medida e de desmedida. Pretendemos nos dedicar a uma análise do romance, objetivando investigar as relações entre Literatura e Filosofia, de modo mais detido nos reflexos presentes na escrita de Kazantzákis do pensamento de Nietzsche em Assim falava Zaratustra. Para tanto, valer-nos-emos das contribuições de estudiosos como Cícero (2004, 2012), Machado (2004), Nunes (2010) e outros.
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