ALICE CHILDRESS E TROUBLE IN MIND (1955): VOZES DAS MULHERES NO TEATRO AFRO-AMERICANO DOS ANOS 50

ALICE CHILDRESS AND TROUBLE IN MIND (1955): WOMEN VOICES IN THE AFRO-AMERICAN THEATER OF THE 50s

Autores

  • Elizandra Fernandes ALVES Doutoranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá Departamento de Letras - UNICENTRO/Guarapuava-PR
  • Érica Fernandes ALVES Departamento de Letras Modernas - Universidade Estadual de Maringá-PR

DOI:

https://doi.org/10.51951/ti.v8i16

Resumo

RESUMO: Neste artigo faremos uma breve apreciação da biografia e fortuna crítica de Alice Childress, dramaturga afro-americana ignorada pelos críticos de literatura dramática. Em vida, Childress insistia que a mulher negra era praticamente omitida do teatro norte-americano – escrevendo ou atuando - e isso parecia advir de e refletir um cenário cultural e social em que a mulher negra era hostilizada em âmbitos variados. No entanto, ela se recusou a se manter fixa no lugar a ela designado tanto pela sociedade quanto pela estética teatral norte-americana da época (branca e masculina), revolucionando o teatro afro-americano ao dar voz à mulher negra na produção e representação literária. Para melhor exemplificarmos tal premissa, neste artigo analisaremos sua peça de maior destaque, Trouble in Mind (1955). Escrito em um período de revolução nos Estados Unidos, o referido texto abarca uma intensa crítica à sociedade norte-americana da época, especialmente no que concerne o papel das afro-americanas no teatro comercial. Na análise da personagem principal, Wiletta Mayer, poderemos entender o discurso teatral de Childress como uma forma eficiente de denúncia e subversão dos vários valores impostos por uma sociedade racista e patriarcal e de revide das mulheres negras.

PALAVRAS-CHAVE: Mulher negra. Trouble in Mind. Alice Childress.

 

ABSTRACT: In this article we will give a brief appreciation of the biography and critical fortune of Alice Childress, an African-American playwright ignored by critics of dramatic literature. In her life, Childress insisted that the black woman was virtually omitted from the American theater - either writing or acting - and this seemed to stem from a cultural and social setting in which the black woman was harassed in various spheres. However, she refused to remain fixed in the place designated by both society and the North American theatrical aesthetic (white and masculine), revolutionizing the Afro-American theater by giving voice to the black woman in production and literary representation. In order to better exemplify this premise, this article will analyze her most prominent play, Trouble in Mind (1955). Written in a period of revolution in the United States, the text encompasses an intense critique of American society at the time, especially regarding the role of African-American women in commercial theater. Through the analysis of the main character, Wiletta Mayer, we can understand Childress's theatrical discourse as an efficient way to denounce and subvert the values imposed by a racist and patriarchal society and a revenge of black women.

KEYWORDS: Black woman. Trouble in mind. Alice Childress.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ASHCROFT, Bill. Post-Colonial Transformation. London: Routledge, 2001.

BARRIOS, Olga. The Black Theater Movement in the United States and in South Africa. Valencia: Universitat de València, 2008.

BHABHA, Homi. K. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis, Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: UFMG, 1998.

BROWN-GUILLORY, Elizabeth. Their Place on Stage: Black Women Playwrights in America. New York: Greenwood Press, 1985.

CHILDRESS, Alice. Trouble in Mind. In PERKINS, Kathy A. (Ed.). Selected Plays Alice Childress. Evanston: Northwestern University Press, 2010. p. 47-114.

HOOKS, Bell. Ain’t I a Woman – Black Women and Feminism. Tradução livre para a Plataforma Gueto. Plataforma Gueto, 2014. Disponível em https://plataformagueto.files.wordpress.com/2014/12/nc3a3o-sou-eu-uma-mulher_traduzido.pdf. Acesso em 27 mai 2018.

MAHONE, Sydné. Moon Marked and Touched by Sun: Plays by African-American Women. 1st ed. New York: Theatre Communications Group, 1994.

OLIVER, Kelly.The Colonization of Psychic Space: A Psychoanalytic Social Theory of Oppression. Minneapolis/London: University of Minnesota Press, 2004.

PAGE, Yolanda Williams (Ed.). Encyclopedia of African American Women Writers – Volume 1. Westport/London: Greenwood Press, 2007.

PERKINS, Kathy A. (Ed.). Selected Plays: Alice Childress. Evanston: Northwestern University Press, 2010.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.

Publicado

02-11-2018

Como Citar

ALVES, Elizandra Fernandes; ALVES, Érica Fernandes. ALICE CHILDRESS E TROUBLE IN MIND (1955): VOZES DAS MULHERES NO TEATRO AFRO-AMERICANO DOS ANOS 50: ALICE CHILDRESS AND TROUBLE IN MIND (1955): WOMEN VOICES IN THE AFRO-AMERICAN THEATER OF THE 50s. Travessias Interativas, São Cristóvão-SE, v. 8, n. 16, p. pp. 487–505, 2018. DOI: 10.51951/ti.v8i16. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/10305. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê 2 - Literatura de autoria feminina