As relações semânticas do processo de comunicação científica e a importância da popularização da ciência para a educação não formal
DOI:
https://doi.org/10.33467/conci.v4i.16477Palavras-chave:
Comunicação Científica. Educação Científica. Educação Não Formal. Popularização da Ciência. Relações Semânticas.Resumo
Diretamente vinculada ao processo de educação não formal, este artigo tem por objetivo relacionar a comunicação científica com os diversos termos correlatos, como por exemplo, cultura, disseminação, divulgação, letramento, popularização e vulgarização da ciência (ou científica), levando-se em consideração suas singularidades e relações semânticas. Entretanto, não pretende-se padronizar termos ou dar-lhes uma definição final – tendo em vista a gama de expressões utilizadas para os mais variados fins – mas sim entender a relação e o simbolismo existente entre estes com o público e com a educação científica. Além disso, para se verificar a relevância do processo de comunicação científica na pós-graduação brasileira, foi realizada uma busca na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) a fim de se identificar a presença de cada um dos termos apresentados. Devido ao fato desta temática estar diretamente relacionada com a educação científica, entende-se a relevância do papel exercido pela comunicação científica, em particular a popularização da ciência, dentro do aspecto educativo, mais precisamente com relação à educação não formal.
Downloads
Referências
ALMEIDA, M. A vulgarização do saber. In: MASSARANI, L.; MOREIRA, I. C.; BRITO, F. (orgs.). Ciência e Público: caminhos da divulgação científica no Brasil. Rio de Janeiro, Casa da Ciência. UFRJ, 2002.
BRASIL. Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, 2021. Disponível em http://semanact.mct.gov.br/index.php/content/view/2320.html. Último acesso em 15 de março de 2021.
BUENO, W. C. Jornalismo científico no Brasil: os compromissos de uma prática dependente. 1984. Tese (Doutorado) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1984.
BUENO, W. C. Jornalismo Científico, Lobby e Poder. In: DUARTE, J.; BARROS, A. T. (Org.). Comunicação para Ciência, Ciência para comunicação. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2005.
BURNS, T. W.; O’CONNOR, D. J.; STOCKLMAYER, S. M. Science communication: a contemporary definition. Public Understanding of Science, v. 12, 2003.
CARIBÉ, R. C. V. Comunicação científica para o público leigo no Brasil. 319 f. 2011. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Faculdade de Ciência da Informação, UNB, 2011.
CAZELLI, S.; QUEIROZ, G.; ALVES, F.; FALCÃO, D.; VALENTE, M. E.; GOUVÊA, G.; COLINVAUX, D. Tendências pedagógicas das exposições de um museu de Ciência. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS - ENPEC, 2., 1999, Valinhos - São Paulo. Anais [...] CD-ROM do II ENPEC, 1999.
CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Ed. Unijuí, 2006.
ESTEVES, B.; MASSARANI, L.; MOREIRA, I. C. Ciência para Todos e a divulgação científica na imprensa brasileira entre 1948 e 1953. Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 62-85, 2006.
FALK, J.; DIERKING, L. D. Learning from Museums: Visitor Experiences and the Making of Meaning. Altamira Press, New York, 2000.
GERMANO, M. G.; KULESZA, W.A. Popularização da Ciência: uma revisão conceitual. Cad. Bras. Ens. Fís., v. 24, n. 1, p. 7-25, abr. 2007.
LOUREIRO, J. M. M. Museu de Ciência, Divulgação Científica e Hegemonia. Ciência da Informação, Brasília, v. 32, n. 1, jan./abr., 2003.
MARANDINO, M. Perspectivas da pesquisa educacional em museus de Ciência. In: SANTOS, F. M. T.; GRECA, I. M. (org.). A pesquisa em ensino de Ciências no Brasil e suas metodologias. Ijuí: Ed. Unijuí, 2007.
MASSARANI, L.; TURNEY, J.; MOREIRA, I.C. Terra Incógnita: A Interface entre Ciência e Público. Vieira & Lent Casa Editorial: Rio de Janeiro, 2005.
MORAES, R. Incursões no discurso da Ciência: a popularização da Ciência nos espaços dos museus. Revista Virtual de Gestão de Iniciativas Sociais, v. 1, Ed.Esp., mar. 2009.
MOREIRA, I. C. Brasil, Olhe para a Ciência! A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em três anos de existência. In: REUNIÓN DE LA RED DE POPULARIZACIÓN DE LA CIENCIA Y LA TECNOLOGÍA EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE, 10., 2007, San José. Anais […] (RED POP - UNESCO) y IV Taller “Ciencia, Comunicación y Sociedad”. San José, 2007.
NUNES, M. S. C.; VELOSO, R. M. P.; FERNANDES JÚNIOR, P. R.; SANTOS, M. G. A popularização da ciência e a disseminação da
informação científica. ConCI: Conv. Ciênc. Inform., v. 2, n. 3, p. 171-198, set./dez. 2019.
OLIVEIRA, F. Comunicação pública e cultura científica. Parcerias Estratégicas, Brasília, Ministério da Ciência e Tecnologia, Centro de Estudos Estratégicos, n. 13, dez., 2001.
RAZUCK, F. B.; RAZUCK, R. C. S. R. Movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) Sob a perspectiva da mobilização popular. Eccos Revista Científica, v. 12, p. 207-217, 2010.
RAZUCK, F. B.; RAZUCK, R. C. S. R. Conhecimentos produzidos acerca da comunicação científica em Bakhtin: uma incursão nas dissertações e teses brasileiras. Revista Práxis, v. 10, p. 103-115, 2018.
RAZUCK, F. B.; RAZUCK, R. C. S. R. Seriam as Exposições da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia Museológicas? Latin American Journal of Development, Curitiba, v. 2, n. 5, p. 177-185, sep./oct. 2020.
RAZUCK, F. B.; SANTOS, W. L. P. A Popularização da Ciência na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia: um estudo de caso, sob o enfoque CTS, da participação de uma instituição de pesquisa. Ensenanza de Las Ciencias , v. Extra, p. 1537-1542, 2017.
SAAD, F. D. Centros de Ciências: As atuais vitrinas do mundo da difusão científica. In: CRESTANA, S.; CASTRO, M. G.; PEREIRA, G. R. M. Centros e Museu de Ciência, Visões e experiências. São Paulo: Editora Saraiva, 1998. p. 21-25.
SANTOS, W. L. P. Educação Científica e Tecnológica: Desafios e Perspectivas. Revista Virtual de Gestão de Iniciativas Sociais, v. Ed.Esp, mar. 2009.
SHAMOS, M. The myth of scientific literacy. New Brunswick: Rutgers University Press, 1995.
SHEN, B. S. P. Science literacy. American Scientist, v. 63, p. 265-268,1975.
SILVA, M. R. Popularização do Conhecimento Científico: estudo de Caso no Museu de Anatomia Humana da Universidade de Brasília. 2004. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Brasília, Brasília, 2004.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
TREVISAN, R. H.; LATTARI, C. J. B. Didática no Ensino de Astronomia: medindo a inclinação do eixo da Terra. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM ENSINO DE CIÊNCIAS, 1., 1997, Águas de Lindóia. Atas [...]. Porto Alegre: Instituto de Física / UFRGS, 1997. p. 651-651.
VALÉRIO, M.; BAZZO, W. A. O papel da divulgação científica em nossa sociedade de risco: em prol de uma nova ordem de relações entre Ciência, tecnologia e sociedad. Revista Iberoamericana de Ciência, Tecnologia, Sociedad e Innovatción, n. 7, set./dez. 2006.
VERGARA, M. R. Context and Concepts: history of science and vulgarização científica in Brazil 19 th century. Interciencia (Caracas), v. 33, p. 324-330, 2008.
VOGT, C. A espiral da cultura científica. Com Ciência – Cultura Científica, 2003. Disponível em: http://www.comciencia.br/reportagens/cultura/cultura01.shtml. Acesso em: 25 ago. 2020.
ZIMMERMANN, E.; MAMEDE, M. A. Novas direções para o Letramento Científico: Pensando o Museu de Ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília. In: REUNIÓN DE LA RED – POP, 9., 2005, Rio de Janeiro. Anais […] Brasília: RED-POP, 2005. v. 01. p. 23-38.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A ConCI adota a Licença CC BY 4.0 , onde os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam dados os devidos créditos ao autor ou licenciador.
A ConCI considera que o autor detém o direito autoral sobre sua produção, porém o autor deve concordar em ceder à revista o direito à primeira publicação. Além disso, o autor deve concordar que:
- em quaisquer publicações em repositórios institucionais, capítulos de livro ou outras produções decorrentes de trabalhos publicados na ConCI, devem ser dados os devidos créditos à publicação inicial.
- estão autorizados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado pela ConCI.