Tecnologias digitais e pandemia COVID-19: desafios sentidos pelos professores da educação básica
DOI:
https://doi.org/10.29276/redapeci.2022.22.317831.121-130Resumo
Neste artigo, apresentamos os resultados de um estudo que teve como principal objetivo compreender como os professores do ensino básico perspetivaram o ensino remoto de emergência, os constrangimentos sentidos e aspetos positivos salientados, tendo em conta as tecnologias adotadas para a mediação pedagógica, durante a pandemia de COVID-19. Para a recolha de dados, acautelamos os procedimentos éticos, nomeadamente, o anonimato e a participação voluntária. Participaram no estudo 377 professores, que, responderam a um inquérito por questionário, que continha itens, em escala tipo likert, sobre ensino, aprendizagem e avaliação e terminava com duas questões abertas: 1) sobre os principais constrangimentos desta modalidade de ensino e 2) principais aspetos positivos. Utilizamos o software webQDA para apoiar a análise dos dados destas questões.
Os resultados relevam que a pandemia acelerou a urgência do digital na educação, obrigou professores e alunos a evoluírem, evidenciou as desigualdades entre os alunos com e sem computador, com e sem conectividade. Ao contemplar diferentes ritmos de aprendizagem, as tecnologias potenciam o desenvolvimento das competências ao nível das TIC; os alunos mais tímidos ou com mais dificuldades desenvolveram mais competências nesta modalidade de ensino, assim como, se verificou a melhoria do comportamento dos alunos.