CONCEIÇÃO EVARISTO E SUA ESCRITA PARA (IN)FORMAÇÃO DE LEITORES(AS)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/forident.v35n1.p125-139

Palavras-chave:

Conceição Evaristo, Escrita transgressora, Educação Básica

Resumo

Este artigo propõe discutir a importância da literatura decolonial de Conceição Evaristo para formação, informação e transformação de leitores e leitoras na cidade de Iaçu, Bahia. Desse modo, a leitura do livro de contos Olhos d’água (2016) foi essencial para a prática da desconstrução do literário (Derrida, 2014) nas escolas municipais da Educação Básica. A mulher negra é invisibilizada por uma sociedade que dita padrões de beleza e comportamentos, porém, Conceição Evaristo, através dos contos, denuncia as faces das violências raciais, sendo o direito à vida uma luta incansável e contínua (Mbembe, 2016). O objetivo é divulgar as práticas transgressoras de leituras não canônicas para explorar as possibilidades de leituras para além do cânone. Formação de leitores e leitoras, investimento na literatura com protagonismo negro e quebra de preconceitos são alguns resultados obtidos dos encontros pedagógicos.

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Biografia do Autor

Elisabeth Silva de Almeida Amorim, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Crítica Cultural da UNEB. Grupo de pesquisa: Língua(gem) e Crítica Cultural.

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Publicado

2022-12-19

Como Citar

AMORIM, Elisabeth Silva de Almeida. CONCEIÇÃO EVARISTO E SUA ESCRITA PARA (IN)FORMAÇÃO DE LEITORES(AS). Revista Fórum Identidades, Itabaiana-SE, v. 35, n. 1, p. 125–139, 2022. DOI: 10.47250/forident.v35n1.p125-139. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/forumidentidades/article/view/17721. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

ABORDAGENS DECOLONIAIS NA LITERATURA