O GÊNERO FANTÁSTICO NA DESESTABILIZAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO BURGUESA DA MULHER

Autores

  • Andréa Portolomeos

Resumo

Este artigo aborda a representação da mulher no gênero fantástico numa perspectiva comparativa entre Murilo Rubião e Augusta Faro. Discute como a ideologia burguesa, sedimentada no discurso científico e reafirmada pela produção literária de grande parte do nosso romantismo, constrói uma sensibilidade que determina e naturaliza a ideia do feminino na nossa sociedade. Avalia como o fantástico pode ser uma via de relativização dessa ideia na medida em que, segundo Todorov, define-se a partir dos efeitos da incerteza e da hesitação diante de um acontecimento sobrenatural. Bessière destaca que o fantástico pratica uma dupla ruptura: a da ordem do cotidiano e a da ordem do sobrenatural, o que nos permite questionar as normas pré-estabelecidas na representação e auto representação da mulher e pensar sobre concepções libertárias do feminino.

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Como Citar

PORTOLOMEOS, Andréa. O GÊNERO FANTÁSTICO NA DESESTABILIZAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO BURGUESA DA MULHER. Revista Fórum Identidades, Itabaiana-SE, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/forumidentidades/article/view/5917. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Recepção e intertextualidades na literatura de autoria feminina