Do cordão umbilical à loucura na obra de Ariana Harwicz
DOI:
https://doi.org/10.47250/forident.v38n1.p15-28Palavras-chave:
Literatura latino-americana, Psicanálise, Destruição, Marca Materna, Ariana HarwiczResumo
De uma escrita visceral, fragmentada, abissal e incômoda, Ariana Harwicz, autora da Trilogia da Paixão (“Morra, amor”, 2012; “A débil mental”, 2014; e “Precoce”, 2016) segue nos ofertando, no segundo livro da sequência, um mergulho vertiginoso nas relações mãe-filha, entrecortado pela violência, erotismo, loucura e destruição. Esta história, atravessada pelas complexas teias do feminino, aqui entendido pelo viés da psicanálise e do ensino de Lacan (1972), nos incita a pensar sobre a produção do corpo a partir do registro de um papel materno-social que subverte o de “boa mãe” (Badinter, 2011) e que aponta, em nosso entendimento, à mãe-enigma, fracasso do semblante, devastação que convoca, segundo a psicanálise, “à fusão impossível” (Brousse, 2004) da marca materna encarnadora do sujeito, ou seja, daquela que coloca carne num corpo Outro pelo discurso, pela linguagem.
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Referências
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