Corpo, Gênero e Sexualidade na Ficção de Arundhati Roy
DOI:
https://doi.org/10.47250/forident.v38n1.p163-177Palavras-chave:
Literatura indiana, Gênero, Corpo, SexualidadeResumo
Este artigo busca discutir como a escritora indiana Suzanna Arundhati Roy representa corpo, gênero e sexualidade em seus dois romances: The God of Small Things (1997), vencedor do Booker Prize, e The Ministry of Utmost Happiness (2017). Quanto à primeira narrativa, Baudrillard (1990) guia a discussão sobre o corpo transgressor da personagem Ammu, que usa da sedução como uma estratégia em busca da liberdade, do amor e do prazer. Em relação à segunda obra, Judith Butler (2010) orienta a investigação da construção de gênero do corpo de Anjum, personagem que nasce intersexual e que opta por se tornar uma hijra – um dos nomes dados a transgêneros na Índia. O estudo propõe um diálogo com ensaios não-ficcionais de Roy, escritos no intervalo entre os romances para demonstrar que a ficção de Arundhati Roy é tão política quanto sua não-ficção.
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Referências
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