Uma conversa sobre a maternidade em Entrada de Serviço, de Lúcia Benedetti
DOI:
https://doi.org/10.47250/forident.v38n1.p29-43Palavras-chave:
Escrita de Mulheres, Maternidade, Mães, Literatura feminina, FeminismoResumo
Se a mulher não é apenas um sistema reprodutor, “o que é uma mulher?”, questionou Simone de Beauvoir, em Segundo sexo. Neste artigo, essa questão não será respondida, contudo, a partir de uma análise do romance Entrada de serviço, publicado em 1942, pela escritora brasileira Lúcia Benedetti, será observado como as relações da mulher com o corpo e a maternidade se configuram dando lugar a uma existência múltipla e complexa ao destacar fatos, mitos e construções sociais para a figura da mãe. Para além da crítica coetânea ao romance, conforme Lemos (1942) e Lins (1943), serão considerados estudos acerca da mulher e da mãe a partir de Beauvoir (2019), Badinter (1985), Iaconelli (2023), Del Priore (2020); e sobre os escritos de mulheres, como Woolf (2022) e Gilbert e Gubar (2000).
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