Academia, raça, gênero e decolonialidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/forident.v40n1.p113-127

Palavras-chave:

Estudos Decoloniais. Ações Afirmativas. Racialização. Educação Superior.

Resumo

O artigo Investiga a produção de conhecimento acadêmico de estudantes negras, Indígenas e periféricas da Universidade de Brasília, buscando entender de que forma esta transformou-se a partir da diversificação do corpo discente. A experiência vivida é usada como recurso de Interpretação da realidade e como repertório para um fazer científico histórico-culturalmente situado. Argumenta-se que estamos presenciando, mesmo que de forma embrionária, um movimento de ruptura com uma tradição sociológica marcada por uma oposição entre o tradicional e o “moderno”, o corpo e a alma, o mundo sensível e o mundo Inteligível. Portanto, com base nos achados de Bernardino-Costa; Borges (2021) e Borges; Bernardino-Costa (2022), este artigo constitui-se num esforço de valorização de outros saberes e outras formas de produção do conhecimento para além do pensamento colonial.

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Biografia do Autor

Joaze Bernardino-Costa, Universidade de Brasília - UnB

Doutor em Sociologia (Universidade de Brasília). Professor da Universidade de Brasília.

Luíza Bigonha Saldanha, Universidade de Brasília - UnB

Graduanda em Sociologia (Universidade de Brasília).

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Publicado

2025-01-16

Como Citar

BERNARDINO-COSTA, Joaze; SALDANHA, Luíza Bigonha. Academia, raça, gênero e decolonialidade. Revista Fórum Identidades, Itabaiana-SE, v. 40, n. 1, p. 113–127, 2025. DOI: 10.47250/forident.v40n1.p113-127. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/forumidentidades/article/view/v40p113. Acesso em: 15 fev. 2025.

Edição

Seção

Impacto das ações afirmativas nas universidades brasileiras