A memorialização do mundo: memórias, viagens e instituições portuguesas em fins do século XVIII.
Resumo
Este estudo objetiva analisar a memorialização do mundo natural e social português, na transição do século XVIII para o XIX, enquanto exercício sistemático de mobilização de realidades estranhas com propósitos de estreitar os laços de dominação imperiais. Metodologicamente, servimo-nos das Memórias Filosóficas para descortinar uma rede de relações que interligava de modo dinâmico e coerente elos de uma corrente que articulava naturalistas, viagens filosóficas, museus de Filosofia Natural, manuais de instrução, a Coroa portuguesa, dentre tantos elementos analisados a partir do aporte teórico de Bruno Latour. Três dimensões complementares foram selecionadas para análise: as Memórias Filosóficas, as Viagens Filosóficas e os Espaços Institucionais. As fontes documentais que serviram de alicerce em quase todo o estudo são provenientes das instituições portuguesas da época.
Palavras-chave: Memórias; Viagens; Instituições.