Violência e Memória como matrizes para identidades no século XX
Resumo
Recebido: 01/11/2016
Aprovado: 03/12/2016
Publicado: 30/03/2017
A emergência da memória como elemento chave para a compreensão da história do século XX, em especial, marcada por processos sociais e políticos traumáticos trouxe à tona um desafio contra a hegemonia das grandes instituições produtoras de história. Mesmo a figura do historiador parece se inclinar para ouvir e compreender o tempo da vítima. Ao mesmo tempo em que a construção de monumentos e memoriais sugerem uma constante luta para perpetuar e significar a memória de uma sociedade que tende a se desfazer de suas lembranças, o protagonismo da testemunha na contemporaneidade tornou a elaboração de narrativas sobre o passado uma tarefa policêntrica. Pretendemos no estudo que se segue contemplar as principais posições tomadas especialmente por ensaístas e historiadores sobre como a história, enquanto campo do saber, deve se relacionar com a memória e seus decorrentes, assim como analisar os meios pelos quais as experiências traumáticas do século XX, como as guerras e genocídios, foram reelaborados com a finalidade de favorecer uma narrativa coesa e formadora de identidades.
Palavras-chave: Memória,Trauma, História Contemporânea, Identidades.