MATERNIDADE, NEGRITUDE E LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.47250/intrell.v32i1.12867Resumo
A maternidade é uma experiência que interessa a toda a sociedade, mas os processos biológicos e sociais que a envolvem, afetam, sobretudo, as mulheres. Os conceitos, normatizações e narrativas sobre essa experiência estão, porém, muitas vezes sob o domínio masculino. Compreendemos que o controle e, portanto, a representação da maternidade é do interesse da ordem patriarcal. A desconstrução de tal perspectiva deve partir da investigação da reflexão e ficção de autoria feminina. Neste artigo, interessa-nos destacar como tratam esse tema duas escritoras: a caboverdeana Dina Salústio e a brasileira Conceição Evaristo, através da análise de algumas narrativas. Tomo como base teórica para a discussão, reflexões acerca do tema que estão em Aminda Forna, Bell Hooks, Djamila Ribeiro, Chimamanda Adchie e Alice Walker.
PALAVRAS-CHAVE: Maternidade. Dina Salústio. Conceição Evaristo. Narrativas.
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Referências
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