DIREITOS HUMANOS E LITERATURA: A DITADURA PELOS OLHOS DAS MULHERES
DOI:
https://doi.org/10.47250/intrell.v33i1.14952Resumo
Neste artigo, discuto como as narrativas pós-ditatoriais escritas por mulheres revelam as perseguições de gênero e problematizam as violações dos direitos humanos ontem e hoje no Brasil. Para isso, a análise se centra na literatura de Adriana Lisboa, Azul Corvo (2014), e de Maria Pilla, Volto semana que vem (2015). No desenvolvimento das reflexões, uso um conjunto de estudos, destaco as considerações de Elizabeth Jelin (2002), de Eurídice Figueiredo (2017) e Lilia Schwarcz (2019). A partir da relação da literatura com a memória e a história, podemos conhecer mais os horrores que sofreram as mulheres no contexto ditatorial, a partir da lógica repressora que considerava o gênero em violências verbais e físicas, por exemplo, no momento de deter, torturar e assassinar não apenas militantes, mas também as mulheres da rede familiar das pessoas acossadas pelo Estado.
Palavras-chave: Mulher e ditadura. Literatura brasileira contemporânea. Adriana Lisboa. Maria Pilla.
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