Ser leiturante

[en]confabulações biocontando identidades e raízes

Resumo

Tratamos neste artigo da questão de a Interdisciplinaridade ser um giro de olhar (periagogê) e de saberes contemporâneos, tendo sua ascese na dialogia e na Integração das ciências e do conhecimento, questiona a hiperespecialização e a fragmentação dos saberes, a razão metonímica. Constitui-se em uma Interconexão Interpretativa própria dos saberes, sejam eles procedentes de uma leitura literária ou de uma leitura semiológica, ou mesmo de uma reinterpretação, ressignificação ou transcriação de modo que a autonomia seja realmente doada e partilhada de per se. Este giro se faz de modo Interdisciplinar, Interativo e socializado, especialmente no contexto da apreendizagem como partilhar do ser, como prática da liberdade do pensar e do pensar-se. Procuro responder a duas questões fundamentalmente com objetivo de co-textualizar o leitor de forma a pensar-se como ser leiturante. Pergunto, então, como pensar a Interdisciplinaridade e os seus limites em um contexto escolar local, especialmente na questão de uma alfabetização antirracista? Como pensar uma práxis de leitura que promova a liberdade transcriadora, re-criativa e Interpretativa textual apropriada pelo leitor real numa perspectiva antirracista e antipreconceituosa?