Paradigmas estéticos da narrativa brasileira contemporânea

Autores

  • Antonio de Pádua Dias Silva Universidade Estadual da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.47250/intrell.v41i1.p163-177

Palavras-chave:

Narrativas contemporâneas. Obras inespecíficas. Novos padrões estéticos. Campo expandido.

Resumo

Faz décadas que professores e estudiosos procuram compreender o momento pelo qual a literatura brasileira contemporânea passa, isso devido aos modos de como escritores projetam a linguagem em um suporte, provocando muitas vezes um afastamento dos gêneros literários solidificados a partir do século XIX. O objetivo desse artigo é problematizar cinco narrativas literárias contemporâneas: As doze cores do vermelho (1988), O mez da grippe (1998), Papel manteiga para embrulhar segredos: cartas culinárias (2006), Eles eram muitos cavalos (2013) e O peso do pássaro morto (2017). Essas escrituras compactam em si ideias de campo expansivo (Rosalind Krauss) da estética emergente (Reinaldo Laddaga) e da Inespecificidade artística (Florencia Garramuño), que Indicam uma mutação da literatura (Leyla Perrone-Moisés), apontando para um novo paradigma estético (Félix Guattari).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Editora Ática, 1995.

CUNHA, Helena Parente. As doze cores do vermelho. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo: Editora da UFRJ, 1988.

DELEUZE, Gilles. A dobra: Leibniz e o Barroco. Campinas: Papirus, 2007.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs (Capitalismo e Esquizofrenia). Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto. São Paulo: Editora 34, 1995.

GARRAMUÑO, Florencia. Frutos estranhos: sobre a Inespecificidade na estética contemporânea. Tradução Carlos Nougué. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.

GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. Tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. São Paulo: Editora 34, 1992.

JACOB, Dionísio. A utopia burocrática de Máximo Modesto. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

KRAUSS, Rosalind. A escultura no campo ampliado. Revista Gávea, n. 1, p. 87-93, 1984, Tradução de Elizabeth Carbono Baez.

LADDAGA, Reinaldo. Estética da emergência. Tradução de Magda Soares. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

LISBÔA, Cristiane. Papel manteiga para embrulhar segredos – cartas culinárias. Rio de Janeiro: Memória Visual, 2006.

MOISÉS, Massaud. A criação literária I. 21. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.

MORETTI, Franco. Conjectures an World Literature. New Left Review, n. 1, p. 54-68, 2000.

MORETTI, Franco. O romance: história e teoria. Tradução de Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, p. 201-212, 2009.

PERRONE-MOISÉS, Leyla. Mutações da literatura no século XXI. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

RUFFATO, Luiz. Eles eram muitos cavalos. 11. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

SANTANA, Franksnilson Ramos. A não-narratividade no miniconto e a emergência de uma micro-escritura a-gênero. Tese (Doutorado em Literatura e Interculturalidade), Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2021.

SOARES, Angélica. (1993). Gêneros literários. 3. ed. São Paulo: Ática, 1993.

XAVIER, Valêncio. O mez da grippe. São Paulo: Companhia das Letras: 1998.

Publicado

2024-09-24

Como Citar

SILVA, Antonio de Pádua Dias. Paradigmas estéticos da narrativa brasileira contemporânea. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 41, n. 1, p. 163–177, 2024. DOI: 10.47250/intrell.v41i1.p163-177. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/v41p163. Acesso em: 22 dez. 2024.