LITERATURA INDÍGENA (NATIVA): UM FANTASMA PARA AS LITERATURAS NAS AMÉRICAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/intrell.v33i1.14949

Resumo

Trata-se de uma reflexão sobre o conceito de literatura indígena (SANTOS, 2016) ou nativa, nas américas, como um crivo para se problematizar o sistema literário brasileiro com seus autores, obras e públicos, bem como para, através de sua conexão com o perspectivismo ameríndio(VIVEIROS DE CASTRO, 2002), nos permitir pensar condições para a construção de uma epistemologia popular, fazendo o “senso comum” interpelar o bom senso como uma categoria excludente e oriunda de um sistema intelectual (SANTIAGO, 2004) epistemicida.

Palavras-chave: Literatura Nativa. Perspectivismo. Epistemologia Popular. Pragmática dos Signos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Osmar Moreira dos Santos, Universidade do Estado da Bahia - UNEB/Alagoinhas

Professor do Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural do Departamento de Linguística, Literatura e Artes, do Campus II/UNEB – Alagoinhas, Bahia. Doutor em Letras pelo Instituto de Letras da UFBA. CV: http://lattes.cnpq.br/5981899045893057.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. Trad. Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.

AGAMBEN, Giorgio. Infancia e historia: destrucción de la experiência y origen de la historia. Trad. Silvio Mattoni. Cordoba, Argentina: Adriana Hidalgo Editora, 2011.

AGAMBEN, Giorgio. O homem sem conteúdo. Trad. Cláudio Oliveira, Belo Horizonte, Autêntica, 2012.

ANCHIETA, José de. Auto representado na Festa de São Lourenço. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro - Ministério da Educação e Cultura, 1973, p. 12.

CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. Trad. Theo Santiago, 4. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. Trad. Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo: Perspectiva, 1988.

DERRIDA, Jacques. Essa estranha instituição chamada literatura: uma entrevista com Jacques Derrida. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

DUMONT, Renê. Les communes populares rurales chinoises. Persee: Revus chientifiques, vol. 29, nº 4, 1964, pp. 380 – 397. Disponível em: http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/polit_0032- 342x_1964_num_29_4_2269. Acessado: 5 de abril de 2015.

ESPINO RELUCÉ, Gonzalo. “Poéticas orais andinas e amazônicas”. Conferência no Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural, 21/11/2017.

GONZÁLEZ, Horácio. A Comuna de Paris: os assaltantes do céu. São Paulo: Brasiliense, 1989.

JAMESON, Fredric. O inconsciente político: a narrativa como ato socialmente simbólico. Trad. Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Editora Ática, 1992.

LENIN, Vladimir Ilitch. O Estado e a revolução. A revolução proletária e o renegado Kautsky, trad. Henrique Canary, São Paulo, Editora Instituto José Luis e Rosa Sundermann, 2005.

MARX, Karl. A guerra civil na França. Trad. Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2011.

SANTOS, Eloína Prati dos. Discurso crítico e imagens do índio contemporâneo. Pontos de Interrogação: Revista de Crítica Cultural, v. 4., n.2, jul./dez. 2014.

SANTOS, Osmar Moreira dos. A luta desarmada dos subalternos. Belo Horizonte: EditoraUfmg, 2016.

SANTIAGO, Silviano. O cosmopolitismo do pobre: crítica literária e crítica cultural, 1. reimpr., Belo Horizonte, Editora UFMG, 2004.

SAUSURRE, Ferdinand de. Mémoire sur le système primitif des voyelles dans les langues indo-européennes. Leipsick, B. G. Teubner, 1879.

SAUSURRE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. Charles Bally e Albert Sechehaye (Orgs.), colab. Albert Riedlinger. Trad. Antonio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein, 28. ed., São Paulo, Cultrix, 2012.

SCHWARZ, Roberto (org.). Os pobres na literatura brasileira. São Paulo, Brasiliense, 2003.

TROTSKI, Leon. Literatura e revolução. Trad. Luiz Alberto Moniz Bandeira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.

Publicado

2020-07-31

Como Citar

SANTOS, Osmar Moreira dos. LITERATURA INDÍGENA (NATIVA): UM FANTASMA PARA AS LITERATURAS NAS AMÉRICAS. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 33, n. 1, p. 188–200, 2020. DOI: 10.47250/intrell.v33i1.14949. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/14949. Acesso em: 3 out. 2024.

Edição

Seção

Leituras literárias compartilhadas