DE AFFECTIBUS – SOBRE OS AFETOS (1679)
ONDE [SE TRATA] DA POTÊNCIA, DA AÇÃO, DA DETERMINAÇÃO
Húdson Canuto
PPGF-UFS/IFBA Santo Amaro
Resumo
Leibniz desistiu de publicar este rascunho sobre Filosofia da mente após repetidas tentativas. As letras (A a J) que adicionamos e as anotações menores pretendem ilustrar este processo. Nas duas primeiras novas abordagens, B e C, Leibniz persegue os afetos individuais e adere, no início esporadicamente, depois cada vez mais ao De passionibus animae de
Descartes. (As referências a Descartes, que ocasionalmente foram reduzidas à adoção de um termo, são apresentadas assim [...] {entre colchetes}, como Grua já fizera em sua edição.) Nas seis outras sequências de definições D a I, que foram escritas em 20 de abril de 1679 sempre começando com afeto, Leibniz logo abandonou a consideração detalhada psicologizante dos afetos em favor de um tratamento metafísico que assumia cada vez mais um caráter demonstrativo. Tal tentativa culmina em uma abordagem final J, escrita na quinta folha em 22 de abril de 1679, na qual Leibniz formula e prova duas proposições.