A REPARTILHA DO SENSÍVEL E O REGIME ESTÉTICO DA ARTE EM JACQUES RANCIÈRE

Clara Leite Lisboa

PPGF-UFS


Resumo

O presente trabalho tem como objetivo desenvolver a ideia de repartilha do sensível
e o regime estético da arte sob a ótica de Jacques Rancière, como conceitos consubstanciais,
entendendo que repartilhar o sensível é sinônimo de política. A ideia de partilha do sensível foi
elaborada pelo filósofo para evidenciar as distribuições de lugares, de modo que essa repartição
das partes significa tanto um rompimento quanto um compartilhamento dos espaços, dos
tempos e dos tipos de atividades em que os indivíduos exercem. Desse modo, objetiva-se
elaborar a compreensão da relação entre política e estética, que são conceitos imbricados, dentro
da partilha do sensível, para compreender como essa relação se aplica às reflexões artísticas
dentro do regime estético da arte, que Rancière afirma ser o único em que ocorre política por
ser o regime sob o qual o comum é repartilhado. Para viabilizar a investigação proposta, será
adotada a análise bibliográfica como uma ferramenta rica para a investigação dos conceitos do
filósofo, sob o uso das fontes primárias a partir dos textos de Rancière, bem como das fontes
secundárias a partir dos textos de Daniela Blanco, Eduardo Pellejero, entre outros
comentadores. O tema é atual e de grande relevância, tendo em vista as discussões sobre política
e estética, enquanto objetos divergentes, quando na concepção apresentada por Jacques
Rancière, se trata de temas com a mesma substância.

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