A QUESTÃO DA LIBERDADE EM DELEUZE
Edson Peixoto Andrade
PPGF-UFS
Resumo
O presente artigo objetiva discutir a questão da liberdade na filosofia de Deleuze tanto em obras que ele produziu sozinho quanto em obras produzidas em parceria com Guattari. Partimos do pressuposto de que pensar a liberdade em Deleuze é tarefa que pode ser levada a termo quando se considera algumas noções fundamentais, tais como, a noção de singularidades nômades, impessoais e pré-individuais; de inconsciente; de desejo; de prazer; de agenciamentos; de produção, dentre outros. Para tanto, pretendemos fazer um percurso por alguns textos centrais, tais como, Diferença e repetição; Lógica do sentido; O anti-Édipo, Mil Platôs¸ além de A Dobra: Leibniz e o barroco os quais nos permitem observar a dinâmica inconsciente e social que perpassam a produção tanto dos corpos quanto da linguagem. Em primeiro lugar, discutiremos a questão das singularidades nômades, impessoais e préindividuais e a crítica à noção moderna de sujeito. Nesse contexto, a consideração das gênese (estática e dinâmica) e a noção de dobra serão requeridas para pensar os agenciamentos e seus investimentos. A partir daí, consideraremos a questão da repetição em sua relação com o tempo, com a diferença e com o inconsciente observando as implicações para a liberdade. Por fim, discutiremos a respeito do desejo, do gozo, da produção e como isso se relaciona com a afirmação ou negação da liberdade.