CONTRIBUIÇÕES FILOSÓFICAS AO IMATERIAL DO FORRÓ NORDESTINO
José Carlos Valério
Resumo
o objeto da nossa reflexão é o aspecto imaterial que vigora em todas as obras de artes. Diante dessa vertente reflexiva, temos por objetivo apresentar algumas contribuições filosóficas aplicadas ao produzir artístico do forró de raízes nordestinas; o qual permanece vivo de maneira prospectiva, pois o forró ainda está por acontecer e pode nos acenar a partir do âmbito da linguagem no exercício do poetizar musical criativo. A essência imaterial justifica a valorização desta arte pioneira e exige incentivar a criatividade artística multidimensional. Tal arte já foi reconhecida em nível nacional, mas resta uma grande luta pelo seu reconhecimento em âmbito internacional como “Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade". Entretanto, para obtermos resultados plausíveis, no campo artístico, é necessário que haja forte investimento nas políticas educacionais brasileiras, precisamente, através do Ministério da Educação e Cultura, por meio de seus órgãos de fomento ao Ensino, Pesquisa e Extensão, com uma gestão pública e democrática de qualidade, tanto nas universidades quanto nas redes de ensino em geral, visando uma autêntica educação libertadora, artística e científica. Por fim, a metodologia utilizada é de cunho qualitativo-hermenêutica com base na compreensão do habitar no mundo da quaternidade: terra e céu, divinos (forças plurais da natureza) e mortais (nós mesmos em nossa ação existencial-histórica). O campo teórico-filosófico gira em torno do pensamento de Friedrich Nietzsche e Martin Heidegger, cujo fundamento filosófico contemporâneo demanda uma virada linguística.
Palavras-chave: Origem. Imaterial. Forró. Poético. Habitar. Mundo.