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Publicado
2024-06-10
Seção
Editorial
Licença
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
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APRESENTAÇÃO
William de Siqueira Piaui
DFL/UFS
Resumo
Como bem expressou nosso poeta do Reggae, Plebéu Jaó, “nessa terra estamos em perigo”, eis que a terra se tornou toda a Terra, todo o Planeta. Perigo em toda parte!
Quando fizemos o primeiro evento Perspectivas do fim do mundo, no qual homenageamos Elza Soares e Racionais MCs[1], estávamos às voltas com a Covid 19, o desgoverno Bolsonaro, logo depois do golpe de 2016 e muitas de suas consequências; o cenário nunca pareceu tão apocalíptico, e foi o que essencialmente motivou o título do evento. Só nos restava enfrentar aquelas perspectivas tão presentes de fim do mundo, especialmente daquele pós-constituição de 1988 e da sucessão de governos do PT que tantos benefícios trouxe para a educação brasileira como um todo, e vale lembrar que a UFS cresceu cerca de 300% naquela sucessão, tempos que lamentávamos terem passado. Contudo, assim que terminamos o evento e pensávamos abandonar aquele título, em nome de perspectivas mais felizes, teve início, dentre outras que vieram logo depois e algumas vezes associadas a ela, a guerra da Ucrânia e, principalmente aqui no Brasil, seguimos sendo postos diante de uma série de ações policialescas, intolerantes, racistas, perda de direitos trabalhistas etc. etc. etc. resultado também daquela onda nazi-fascista-teocrática que teve início, talvez, pouco antes do golpe de 2016, mas eram eventos que nos pareciam exigir críticas bem mais profundas e muito menos circunstanciais, ainda mais filosófica, portanto, já que pareciam terem se tornado ou serem desde sempre de ordem estrutural. Parece, ao final das contas e conforme com o horizonte que se abriu para nós, que estamos sempre e insistentemente diante de perspectivas cada vez mais velozes do fim do mundo, fim do que deveríamos considerar comum, é o que o mercado global nos condena a ver toda vez que olhamos com mais cuidado o que faz o fundamento geral das várias formas de privatização, violência e miséria. Tal visão se impôs e só nos restou manter o título do evento e homenagear outros dois mais que reconhecidos lutadores contra tal estado de coisas, daí chegarmos ao “Perspectivas do fim do mundo II: uma homenagem a Leci Brandão e Paulinho da Viola”. Como não reconhecer nela e nele o desafio insistente e permanente contra tais perspectivas? Belezas puras![2]
[1] Parte do evento está descrita na revista O manguezal e pode ser acessada nos endereços: https://periodicos.ufs.br/omanguezal/issue/view/1122 e https://periodicos.ufs.br/omanguezal/issue/view/1052. Cf. também o material deixado no endereço: https://www.facebook.com/Gefilufs/.
[2] Vale demais conferir o lindo vídeo curto que nos enviou, para nós galera de Sergipe e da UFS, Leci Brandão: https://www.youtube.com/watch?v=0fNCdJqnA4E.
