VIOLÊNCIA SISTÊMICA
NEM SEMPRE QUEM FAZ A LEI É JUSTO
William de Siqueira Piaui
DFL/UFS
Resumo
O que pretendemos problematizar, de forma muito introdutória, em nossa palestra de hoje estará dividido em três grandes movimentos. Em primeiro lugar, problematizaremos os quatro principais antagonismos, listados por Žižek em A Europa à deriva, sobre os quais supostamente ao menos seremos desafiados a pensar na atualidade e a armadilha que poderia capturar todos nós se não nos centrarmos em um deles. Em segundo lugar, já considerando o quarto antagonismo como principal, ou seja, a referência aos excluídos, problematizar a violência objetiva e sistêmica que é grande parte da causa de sua existência. Por fim, em terceiro lugar, buscaremos problematizar, já a considerando dentro do tipo de violência objetiva e sistêmica, a complexa dinâmica de cooperação seja do exército seja das polícias com o efeito devastador do avanço do capital global especialmente no que diz respeito ao tipo de subjetivação que o mercado global deixa disponível aos militares de baixa patente em grande parte dos países do hemisfério sul e que se evidenciou no Brasil especialmente do Rio de Janeiro e ainda mais na Bahia e em São Paulo de 31 e 30 de julho: o estar à beira de se tornar um miliciano.
Palvras-chave: Capitalismo, Justiça, Violência, Polícia, Milícia.