Descrença e diversidade na Modernidade:

Pierre Bayle e a existência de povos ateus

Marcelo de Sant'Anna Alves Primo

UFS


Abstract

Longe de receber os récits de Voyage sem um filtro que permita não aceitar à lettre tudo o que foi escrito dos povos ditos “selvagens”, Pierre Bayle vale-se desses escritos para questionar a veracidade do consentimento universal entre os povos sobre a existência dos deuses e de sua necessidade para a conservação das sociedades. Essas fontes literárias, históricas e antropológicas desempenharam um grande papel nos escritos de Bayle. Assim, os récits lhe permitiram ultrapassar a posição teórica   em   seus   trabalhos   anteriores   para   uma   amparada   em   exemplos   históricos posteriormente.  Através deles, Bayle conseguiu não somente aventar a  possibilidade de outros tipos e formas de sociedades dessacralizadas mas de mostrar a diversidade dos povos seja em relação às crenças, seja em relação à descrença. 

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