As formas de governo em Hobbes

Camila Moura de Carvalho

DFL - UFS

Saulo Henrique Souza Silva


Abstract

Thomas Hobbes foi um dos primeiros e mais influentes filósofos modernos a constituir uma
teoria da origem contratual do Estado. Hobbes foi um teórico político e filósofo inglês do
século XVII cuja obra mais evidente foi Leviatã. No entanto, mais importante do que traçar
uma breve biografia sobre este autor central em nosso trabalho, é necessário analisar o
contexto histórico em que ele viveu, lição esta inspirada no contextualismo histórico de
Quentin Skinner. A justificativa para a utilização desta teoria como argumento reside no fato
de que a própria biografia de Hobbes – que está à disposição de maneira mais ampla – acaba
apresentando muitas interpretações equivocadas sobre a sua obra. Exemplo disso é a ideia de
que ele era um autor autoritário, jusnaturalista e monarquista. Dessa forma, só é possível
desmistificar esse tipo de leitura pesquisando a sua obra de maneira mais aprofundada. Na
verdade, por estar situado em um contexto marcado por inúmeras guerras, pelo absolutismo
monárquico inglês, Hobbes escrevia nesse contexto, o que não significa dizer, portanto, que
ele era um autor absolutista em relação a monarquia, mas sim em relação ao Estado. A partir
dessas questões, o texto fomenta uma análise mais minuciosa acerca da concepção hobbesiana
de república a partir da noção de autoridade política e de liberdade republicana enquanto
essenciais para uma soberania plena e, através dos estudos skinnerianos, problematiza como é
possível dizer que Thomas Hobbes era absolutista em relação a existência do Estado, mas não
no que diz respeito a monarquia como forma de governo.
PALAVRAS-CHAVE: autoridade política; liberdade republicana; poder; república;
soberania.

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