GILLES DELEUZE E FÉLIX GUATTARI: PENSAR O PRESENTE COMO UMA URGÊNCIA POLÍTIC
Alex Fabiano Correia Jardim
UNIMONTES
Résumé
Resumo: A proposta é pensar com Deleuze e Guattari os fascismos no presente, como por exemplo, uma crítica ao moralismo e ao legalismo que inundaram as práticas políticas. A ideia é buscar interrogar os ódios e os ressentimentos movimentados na política e na estética do terror, atualizados hoje. Analisar a apropriação moral de relações e acontecimentos pelo uso
estratégico de um jogo entre normas e leis operacionalizados por uma multiplicidade de instâncias de regulação social. No conjunto dessas práticas, Deleuze e Guattari ressaltaram o surgimento da sociedade de controle como ampliação da vigilância, da lógica empresarial da vida, da crise das instituições e da utilização do marketing enquanto vetor de modulação da
moral e do comércio de tudo e de todos, de forma antiética e fascista. Tudo se torna mercado, investimento, empreendedorismo, (reconfiguração da sociedade disciplinar de Foucault). Teremos um espaço estriado (recortado) x espaço liso. Com efeito, em meio à mercantilização de todas as relações na vida, a ética perde espaço para microfascismos e tanto, a estética quanto a política passam a figurar como operadores utilitaristas do mercado e do capital.
Palavras-chave: Política; Microfascismos; Multiplicidade; Devir-revolucionário