A BUSCA POR LIBERDADE: AS MULHERES NEGRAS NA OBRA DE ANGELA DAVIS

Bruna Gabriella Santiago Silva


Résumé

O presente trabalho tem como objetivo analisar um tema bastante pertinente na obra da filósofa Angela Davis, que é a questão da população negra e a sua luta por emancipação. Para isso, partimos da obra “Mulheres, Raça e Classe” (2016), analisando a trajetória das mulheres negras em diversos contextos históricos e sociais, de modo que possamos encarar a privação de liberdade no contexto da escravidão e pós-abolição, identificando a permanência desta privação na contemporaneidade, sob a forma do encarceramento em massa da população negra, que entendemos – junto à obra “Estarão as prisões obsoletas?” (DAVIS, 2018) – como os novos complexos industriais prisionais, que são responsáveis pelo confinamento de milhares de mulheres negras. Para trazer a lume as questões relativas à liberdade dessas mulheres, utilizamos a obra “A liberdade é um luta constante” (2017), na qual Davis coloca que é necessário propor uma luta feminista dentro de uma perspectiva interseccional, que reflita sobre a construção da sociedade atual enquanto perpetuação do ideário das plantations dentro de uma lógica capitalista. Questionando essa lógica, Davis (2017) propõe a discussão sobre o feminismo abolicionista, que questiona a própria construção histórica da sociedade e o seu impacto na vida das mulheres negras, que, no entendimento da autora (e também no nosso), estão na base da pirâmide social.

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