A LÓGICA DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA EM POPPER
Juliana Gois de Souza
PPGF - UFS
Luciana Moraes do Nascimento Argolo
PPGF - UFS
Robéria Silva Santos
Rosana de Oliveira Santos Batista
Résumé
O entendimento lógico acerca da investigação científica se mostra um deveras desafio na história da filosofia, motivo pelo qual surgiram – e surgem – diversas teorias que visam explicitar ideias que demonstrem as contraposições entre o que é ciência e metafísica, a fim de se elucidar as nuances da criação científica, que se traduz em processo complexo, que guarda em si mistérios da atividade cognitiva humana aliada à sua intuição. Nesse ínterim, Karl Raymund Popper (1934), em sua obra A Lógica da Pesquisa Científica, buscou contestar os métodos de pesquisa até então desenvolvidos, utilizando-se de conceitos da falseabilidade como critério de demarcação, o problema da indução, a diferenciação entre enunciados singulares e universais, os quais serão retratados no presente ensaio, e que culminaram no surgimento de novo método por ele proposto, qual seja, o método hipotético-dedutivo, instrumento utilizado até os dias atuais, em pesquisas de diversas áreas do conhecimento. A partir do que foi desenvolvido, passou-se à ideia de inexistência de verdade absoluta, na medida em que os enunciados, ainda que submetidos a diversos testes, tidos como falseamentos, deverão estar sempre aptos a novos estudos e verificações. Popper permite identificar uma realidade científica certamente mais lógica, considerando que demonstra como a ciência deve advir de estudos, avaliações, verificações (por experimento ou observação), e mesmo que confirmado provisoriamente, seja preservada a mutabilidade de conceitos e possível variação das circunstâncias postas em investigação.
Palavras-chave: Investigação,método, Popper,lógica,hipotético-dedutivo.