A RECUSA LOCKIANA DA EXISTÊNCIA DE PRINCÍPIOS INATOS

Daniel Soares Silveira

PPGF-UFS


Résumé

No livro I, do Ensaio sobre o entendimento humano, John Locke (1632-1704)faz uma extensa crítica a existência de princípios especulativos e práticos inatos, também conhecidos como ideias inatas. De maneira genérica, os teóricos dessa hipótese defendiam que haveria na mente humana uma série de impressões inatas e que elas constituiriam a base de todo o conhecimento humano.Contra eles, o filósofo inglês argumenta que tais princípios inatos não teriam a aceitação geral que seus defensores supunham, não seriam conhecidos por boa parte da humanidade, o próprio conhecimento desses princípios exigirá estudo dos homens e, além disso, pressuporia ma existência de ideias na mente das pessoas que elas não teriam nenhuma consciência. Suposição que o autor do Ensaio considera absurda. Sendo assim, esses e outros problemas mostrariam, de acordo com Locke, que as ideias do entendimento não dependeriam de tais princípios para existir, ao contrário, teriam sua origem na experiência. Nesta comunicação, apresentaremos o que acreditamos ser os principais argumentos de Locke contra a teoria da existência de princípios inatos na mente dos homens. 

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Articles les plus lus par le même auteur ou la même autrice