FILOSOFIA E CINEMA: O USO DE FILMES NAS AULAS DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
Resumo
Esta comunicação tem por objetivo apresentar um resumo da dissertação de mestrado elaborada no Mestrado Profissional em Filosofia (PROF-FILO), núcleo Universidade Federal do Piauí (UFPI), em 2018/2019. O objeto da pesquisa foi o uso do cinema, especificamente o gênero fílmico, como recurso didático nas aulas de Filosofia no Ensino Médio. A fundamentação teórica e filosófica da dissertação teve como base o projeto do filósofo norteamericano Richard Rorty (1931-2007), denominado utopia liberal. Nele, gêneros como romance, filme e docudrama, ocupam o lugar dos vocabulários tradicionais por se mostrarem como ferramentas mais eficazes para provocar a imaginação em lugar da investigação. Para o filósofo, essa substituição ainda não ocorre de forma mais acelerada porque, por um lado “a grande parte dos não intelectuais continuam ligados a alguma forma de fé religiosa ou a alguma forma de racionalismo iluminista” (RORTY, 1992, p. 18) e, por outro lado, o número de ironistas liberais que não acreditam na existência de tal ordem é mínima e insuficiente. Para Rorty (1992), o cinema tal como outras formas narrativas é uma ferramenta mais eficaz para lidar com o fato da impossibilidade de encontrarmos um “metavocabulário” capaz de dar conta de todas as maneiras possíveis de julgar e de sentir. O reconhecimento dessa “contingência da linguagem”, em função da impossibilidade deste metavocabulário, justifica a inconsequência de apreendermos de maneira monoperspectivista, em um único vocabulário, um mundo que se apresenta diante de nós de forma pluriperspectivista, por diversos vocabulários. Assim, compreendemos que face à diversidade dos temas, gêneros, recursos e perspectivas possíveis à arte cinematográfica, como alternativa à forma expositiva e conceitual que predomina atualmente no cenário escolar, podemos, a partir da experiência com filmes, despertar o interesse do aluno pelos temas da abordagem filosófica e contribuir na sua formação crítica, intelectual e política. Inicialmente, a dissertação apresenta um breve histórico da presença e influência da filosofia no Brasil, do pragmatismo, do movimento Escola Nova, do neopragmatismo rortyano, da arte e da linguagem cinematográfica e posteriormente oferece um manual com cinco unidades didáticas, cada uma delas, contemplando uma determinada área da especulação filosófica.
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