OXUMARÉ E XANGÔ: A INFLUÊNCIA RELIGIOSA NA SUBSTITUIÇÃO DOS TOPÔNIMOS DAS RUAS DO BAIRRO JARDIM SUCUPIRA EM FEIRA DE SANTANA-BA
DOI:
https://doi.org/10.32748/revec.v4i2.11192Resumo
Neste trabalho temos como objetivo demonstrar como a religião influencia na nomeação das ruas do bairro Jardim Sucupira, em Feira de Santana-Ba. Tais topônimos sofrem um processo de substituição hipoteticamente motivada pela opressão às religiões de matrizes africanas, visto que os nomes das ruas em questão são de origem iorubá e fazem parte do léxico utilizado no candomblé. Nesse contexto abordaremos o negro na sociedade feirense, assim como toda forma de exclusão dos elementos afro-brasileiros desse povo tão plural de Feira, porém conscientemente excludente. Para o desenvolvimento dessa pesquisa utilizamos os topônimos africanos rua Oxumaré e rua Xangô substituídos respectivamente pelos nomes rua Rosa de Sarom e rua São Lucas, os primeiros representam dois nomes relacionados à religião africana e os últimos à religião judaico-cristão, apresentados por meio da
ficha lexicográfico-toponímica adotada e adaptada do modelo de Dick (1990), no intuito de demonstrar a oposição de religiões latente na substituição toponímica. Logo, utilizamos os pressupostos teóricos e metodológicos da toponímia postulados por Dick (1990) para abordar as questões das transformações e substituições toponímicas, assim como recorremos a teóricos como Castro (2005) e Macedo (2006) para tratar das religiões africanas e cristãs na Bahia e em Feira de Santana, especificamente, assim como tratar da sociedade afro feirense. Consideramos que as influências religiosas de interferem fundamentalmente na língua de um povo e se configuram como indispensáveis para as substituições toponímicas do referido
bairro.
Palavras-Chave: Topônimos afro-brasileiros. Influência religiosa. Feira de
Santana-BA.
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