ANTIMANIQUEÍSMO

Autores

  • Jean Pierre Chauvin

DOI:

https://doi.org/10.32748/revec.v0i01.3655

Resumo

“Maniqueísmo” é um vocábulo muito empregado, ainda hoje, nos meios intelectuais e de entretenimento, pelas mãos de articulistas, pensadores, cineastas, artistas e escritores em geral. A palavra se relaciona diretamente à ordem dos maniqueus, que conquistou severos adeptos na Europa, durante os primórdios da Idade Média. Por essa razão, ela pode ser traduzida como postura binária, instaurada sob uma perspectiva moral que opõe critérios e predicados assimétricos (bem e mal; belo e feio; certo e errado). Ao se posicionar de modo antimaniqueísta, o homem passou a contrariar um modo estreito de sentir, pensar e condenar: atitudes que caracterizam as pessoas adeptas de dogmas, ideologias e demais sistemas prévios de regramento. Ao aplicar o maniqueísmo em suas vidas, relações, estudos e trabalhos, boa parte dos indivíduos tende a negar as formas da diferença e da alteridade, sob múltiplos, mas velados, modos de coerção pelo crivo de virtudes elevadas ao estatuto de verdades absolutas e imutáveis. Usualmente, Sujeitos desse jaez marcham em direção contrária ao pensamento filosófico e científico que vigora desde a chamada Era Moderna, encampado por aqueles que, como os antimaniqueístas, desconfiam da unidade de pensamento e das formas padronizadas de ação.

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Como Citar

Chauvin, J. P. (2015). ANTIMANIQUEÍSMO. Revista De Estudos De Cultura, 1(01). https://doi.org/10.32748/revec.v0i01.3655