Educação e diferenças culturais: práticas educativas fronteiriças na educação básica
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v14i33.13670Palavras-chave:
Práticas Educativas, Diferenças, Narrativas, Ensino FundamentalResumo
O texto discute as políticas de sentido construídas acerca das fronteiras e da negociação cultural produzidas nas práticas educativas de docentes da Educação Básica na relação com as diferenças culturais que atravessam o cotidiano da escola. Trata-se de um recorte do estudo que buscou compreender como docentes do Ensino Fundamental significam as diferenças culturais em suas práticas educativas. É uma pesquisa qualitativa, de abordagem (auto)biográfica, em diálogo com os Estudos Culturais em educação, que utilizou diários das práticas educativas, entrevistas narrativas e ateliê biográfico para colheita de informações. O estudo desvelou a experiência com as diferenças na escola articulada com mudanças culturais tecidas por embates, conflitos, afirmação, negação e negociações. Os resultados apontaram para diferentes lugares fronteiriços na relação entre Educação e diferenças, em que deslizamento e negociação de sentidos são fundantes no processo formativo de professores/as e estudantes. No que se refere à prática educativa, os/as docentes narram suas experiências situando-as entre a fronteira rígida, com limitações, isenção do conflito, negação ou conformação das diferenças; e a fronteira deslizante, com a construção de espaços para que as diferenças sejam acionadas, confrontadas e problematizadas.
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