Arte, experiência e alteridade: reflexões no horizonte da educação ético-estética
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v14i33.15315Palavras-chave:
Hermenêutica filosófica, Experiência estética, Cocriação, Ensino de ArteResumo
Orientadas pela perspectiva teórica da hermenêutica filosófica, as reflexões apresentadas emergem de reflexões à luz de leituras e pesquisas bibliográficas, especialmente referenciadas em Hans-Georg Gadamer. O texto aborda a dimensão ético-estética da educação, tendo como campo reflexivo o ensino de artes, enfatizando a experiência artística como possibilidade de conhecimento e autoconhecimento para além dos enquadramentos da racionalidade instrumental. O artigo destaca, por isso, a experiência artística como uma possibilidade de (re)aproximação entre o aluno, a obra e o artista, como forma de investigação de si mesmo no campo da autoria, tendo como referência a experimentação do jogo artístico e as tensões do processo criativo. Esse processo criativo desencadearia um diálogo, o qual estaria na base da ética, uma vez que o agir moral se fundamentaria no processo de cocriação da experiência estética em relação à obra de arte. Este conhecimento sensível tem potencial formativo e, portanto, se justifica no âmbito da educação escolar, de modo especial, no ensino das artes.
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