Uma ciência diversa. Se não agora, quando?

Autores

  • Aparecida da Silva Xavier Barros Instituto Federal da Paraíba, Campina Grande, Paraíba, Brasil.
  • Thelma Panerai Alves Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18480

Palavras-chave:

Mulheres. Ciência. Ignorância. Diversidade.

Resumo

O viés androcêntrico de sexo e gênero afeta a criatividade e a excelência em ciência e tecnologia, bem como influencia as práticas e o conhecimento saído das instituições científicas. Neste artigo, apresentamos uma revisão bibliográfica dentro do campo de estudos de gênero e ciências, trazendo autoras clássicas e fundamentais ao campo, assim como perspectivas mais recentes e interseccionais. Discutimos sobre a produção da ignorância associada ao viés de sexo e gênero na ciência, destacando como a perspectiva de sexo e gênero tem sido negligenciada tanto na preparação e no desenvolvimento dos estudos quanto nos relatos e na divulgação dos resultados. Como principal conclusão, destacamos que incluir mulheres e outras minorias como sujeitos e fazedores de pesquisa é apenas o primeiro passo para promover a igualdade de gênero na ciência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Aparecida da Silva Xavier Barros, Instituto Federal da Paraíba, Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Docente do Instituto Federal da Paraíba (IFPB). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica (EDUMATEC)/ Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

Thelma Panerai Alves, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica (EDUMATEC)/ Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Referências

Burgess, M. C., Dill, K. E., Stermer, S. P., Burgess, S. R., & Brown, B. P. (2011) Playing With Prejudice: The Prevalence and Consequences of Racial Stereotypes in Video Games, Media Psychology, 14(3), 289-311.

Cabral, C. G. (2006). Pelas telas, pela janela: o conhecimento dialogicamente situado. Cadernos Pagu, 27, 63-97. https://doi.org/10.1590/S0104-83332006000200005

Casagrande, L. S., & Carvalho, M. G. (2006). Educando as novas gerações: representações de gênero nos livros didáticos de matemática. Atas ANPEd, 29ª Reunião. http://29reuniao.anped.org.br/trabalhos/trabalho/GT23-2066--Int.pdf

Guterl, F. (2014). Diversity in science: why it is essential for excellence. Scientific America. https://www.scientificamerican.com/article/diversity-in-science-why-it-is-essential-for-excellence/

European Commission, Directorate-General for Research and Innovation, Horizon Europe guidance on gender equality plans. (2021). https://op.europa.eu/en/publication-detail/-/publication/ffcb06c3-200a-11ec-bd8e-01aa75ed71a1

European Institute for Gender Equality – EIGE. (2016). Glossary & Thesaurus. Luxembourg: European Union. https://eige.europa.eu/thesaurus/overview

European Institute for Gender Equality – EIGE. Gender Equality in Academia and Research - GEAR tool. In: Gender mainstreaming; Toolkits; Gender Equality in Academia and Research. Luxembourg: European Union, s.d. [a]. https://eige.europa.eu/gender-mainstreaming/toolkits/gear

European Institute for Gender Equality – EIGE. Gender Statistics Database. Luxembourg: European Union, s.d. [b]. Disponível em: https://eige.europa.eu/gender-statistics/dgs

European Institute for Gender Equality – EIGE. Gender statistics and indicators. In: Gender mainstreaming; Methods and Tools. Luxembourg: European Union, s.d. [c]. https://eige.europa.eu/gender-mainstreaming/methods-tools/gender-statistics-indicators

Geena Davis Institute. (2021). The Double-Edged Sword of Online Gaming: An Analysis of Masculinity in Video Games and the Gaming Community. https://seejane.org/wp-content/uploads/gaming-study-2021-7.pdf.

Greer, S. (2018). Queer Representation in Games Isn't Good Enough, But It Is Getting Better. Gamesradar. Retrieved December 7, 2021. https://www.gamesradar.com/queer-representation-in-games-isnt-good-enough-but-it-is-getting-better/

Hamlin, C. (2007). O Que É Epistemologia Feminista? Que Cazzo [online]. https://quecazzo.blogspot.com/2007/09/o-que-epistemologia-feminista.html

Haraway, D. (1995). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5, 7-41.

Harding, S. (1993). A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. Tradução Vera Pereira. Estudos feministas, Florianópolis, 1(1), 7-32.

Heidari, S., Babor, T. F., Castro, P. de, Tort, S., & Curno, M. (2017). Equidade de sexo e gênero na pesquisa: fundamentação das diretrizes SAGER e uso recomendado. Epidemiol. Serv. Saúde, 26(3), 665-676. https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000300025

Heerdt, B., & Batista, I. de L. (2016a). Questões de Gênero e da Natureza da Ciência na Formação Docente. Investigações em Ensino de Ciências, 21(2), 30-51.

Heerdt, B., & Batista, I. de L. (2016b). Unidade Didática na Formação Docente: Natureza da Ciência e a visibilidade de Gênero na Ciência. Experiências em Ensino de Ciências, 11(2), 39-60.

IGDA (International Game Developers Association). (2021). Developer Satisfaction Survey 2021: A Summary Report. IGDA.org. https://igda-website.s3.us-east-2.amazonaws.com/wp-content/uploads/2021/10/18113901/IGDA-DSS-2021_SummaryReport_2021.pdf.

IGDA (International Game Developers Association). (2015). Developer Satisfaction Survey 2021: A Summary Report. IGDA.org. https://igda-website.s3.us-east-2.amazonaws.com/wp-content/uploads/2019/04/21174418/IGDA_DSS_2015-Summary_Report.pdf.

Kilomba, G. (2019). Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano. Tradução Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó.

Leite, J. C. (2014). Controvérsias científicas ou negação da ciência? A agnotologia e a ciência do clima. Scientiae Studia, 12(1), 179-189. https://doi.org/10.1590/S1678- 31662014000100009.

Martins, E. de F., & Hoffmann, Z. (2007). Os papéis de gênero nos livros didáticos de ciências. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 9(1), 132-151.

Noble, S. U. (2018). Algorithms of oppression: how search engines reinforce racism. New York: New York University Press.

Proctor, R. N. (2008). Agnotology: a Missing Term to Describe the Cultural Production of Ignorance (and Its Study). In: Proctor, R. N.; Schiebinger, L. (eds.). Agnotology: the making and unmaking of ignorance. Stanford University Press: USA, 1-33.

Rêgo, A. R. (2021). A construção intencional da ignorância na contemporaneidade e o trabalho em rede para combater a desinformação. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 15(1), 221-232. https://doi.org/10.29397/reciis.v15i1.2293

Santos, V. M. (2018). Notas desobedientes: decolonialidade e a contribuição para a crítica feminista à ciência. Psicologia & Sociedade, 30, 1-11.

https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30200112

Schiebinger, L. (2021). Gendered Innovations: integrating sex, gender, and intersectional analysis into science, health & medicine, engineering, and environment. Tapuya: Latin American Science, Technology and Society, 4(1), 1-17. https://doi.org/10.1080/25729861.2020.1867420

Schiebinger, L. et al. (2021a). Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/

Schiebinger, L. et al. (2021b). Making Machines Talk [estudo de caso]. In: Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/case-studies/machines.html#tabs-2

Schiebinger, L. et al. (2021c). Video Games [estudo de caso]. In: Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/case-studies/games.html#tabs-2

Schiebinger, L. et al. (2021d). Heart Disease in Diverse Populations: Analyzing Sex and Gender [estudo de caso]. In: Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/case-studies/heart.html#tabs-2

Schiebinger, L. et al. (2021e). Textbooks: Rethinking Language and Visual Representations [estudo de caso]. In: Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/case-studies/textbooks.html#tabs-2

Schiebinger, L. (2014). Expandindo o Kit de ferramentas agnotológicas: métodos de análise de sexo e gênero. Revista Feminismo, 2(3), 85-102.

Schiebinger, L. (2008). West Indian Abortifacients and the Making of Ignorance. In: Proctor, R. N.; Schiebinger, L. (eds.). Agnotology: the making and unmaking of ignorance. Stanford University Press: USA, 149-162.

Schiebinger, L. (2001). O feminismo mudou a ciência? Tradução Raul Fiker. Bauru, SP: EDUSC.

Schiebinger, L. (2000). Exotic abortifacients: the global politics of plants in the 18th century. Endeavour, 24(3), 117-121. https://doi.org/10.1016/S0160-9327(00)01308-9

Silveira, M. L. A. de S., & Chagas, F. A. O. (2019). A produção científica feminina em livros didáticos de Ciências da Natureza e de Matemática. Anais da Semana de Licenciatura, 1(1), 62-65. https://doity.com.br/anais/simposiobrasileiromaternidadeeciencia/trabalho/83427

Souza, A. M. F. de L. Ensino de Ciências - onde está o gênero? Revista FACED, Salvador, 13, 149-160, jan/jun. https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/1392/1/2393.pdf

Strömquist, L. (2018). A origem do mundo: uma história cultural da vagina ou a vulva vs. o patriarcado. Tradução de Kristin Lie Garrubo. 1 ed. São Paulo: Quadrinhos na Cia.

Tobin, S. (2017). Gender equality in science: experts tackle the challenges revealed by data. Elsevier Connect. https://www.elsevier.com/connect/gender-equality-in-science-experts-tackle-the-challenges-revealed-by-data

Tuana, N. (2008). Coming to Understand: Orgasm and the Epistemology of Ignorance. In: Proctor, R. N.; Schiebinger, L. (eds.). Agnotology: the making and unmaking of ignorance. Stanford University Press: USA, 108-145.

Williams, D., Martins, N., Consalvo, M., & Ivory, J. D. (2009). The Virtual Census: Representations of Gender, Race and Age in Video Games. New Media & Society, 11(5), 815-834. https://doi.org/10.1177%2F1461444809105354

Downloads

Publicado

2023-05-15

Como Citar

Barros, A. da S. X., & Alves, T. P. (2023). Uma ciência diversa. Se não agora, quando?. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 16(35), e18480. https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18480

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.