Uma ciência diversa. Se não agora, quando?
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18480Palavras-chave:
Mulheres. Ciência. Ignorância. Diversidade.Resumo
O viés androcêntrico de sexo e gênero afeta a criatividade e a excelência em ciência e tecnologia, bem como influencia as práticas e o conhecimento saído das instituições científicas. Neste artigo, apresentamos uma revisão bibliográfica dentro do campo de estudos de gênero e ciências, trazendo autoras clássicas e fundamentais ao campo, assim como perspectivas mais recentes e interseccionais. Discutimos sobre a produção da ignorância associada ao viés de sexo e gênero na ciência, destacando como a perspectiva de sexo e gênero tem sido negligenciada tanto na preparação e no desenvolvimento dos estudos quanto nos relatos e na divulgação dos resultados. Como principal conclusão, destacamos que incluir mulheres e outras minorias como sujeitos e fazedores de pesquisa é apenas o primeiro passo para promover a igualdade de gênero na ciência.
Downloads
Referências
Burgess, M. C., Dill, K. E., Stermer, S. P., Burgess, S. R., & Brown, B. P. (2011) Playing With Prejudice: The Prevalence and Consequences of Racial Stereotypes in Video Games, Media Psychology, 14(3), 289-311.
Cabral, C. G. (2006). Pelas telas, pela janela: o conhecimento dialogicamente situado. Cadernos Pagu, 27, 63-97. https://doi.org/10.1590/S0104-83332006000200005
Casagrande, L. S., & Carvalho, M. G. (2006). Educando as novas gerações: representações de gênero nos livros didáticos de matemática. Atas ANPEd, 29ª Reunião. http://29reuniao.anped.org.br/trabalhos/trabalho/GT23-2066--Int.pdf
Guterl, F. (2014). Diversity in science: why it is essential for excellence. Scientific America. https://www.scientificamerican.com/article/diversity-in-science-why-it-is-essential-for-excellence/
European Commission, Directorate-General for Research and Innovation, Horizon Europe guidance on gender equality plans. (2021). https://op.europa.eu/en/publication-detail/-/publication/ffcb06c3-200a-11ec-bd8e-01aa75ed71a1
European Institute for Gender Equality – EIGE. (2016). Glossary & Thesaurus. Luxembourg: European Union. https://eige.europa.eu/thesaurus/overview
European Institute for Gender Equality – EIGE. Gender Equality in Academia and Research - GEAR tool. In: Gender mainstreaming; Toolkits; Gender Equality in Academia and Research. Luxembourg: European Union, s.d. [a]. https://eige.europa.eu/gender-mainstreaming/toolkits/gear
European Institute for Gender Equality – EIGE. Gender Statistics Database. Luxembourg: European Union, s.d. [b]. Disponível em: https://eige.europa.eu/gender-statistics/dgs
European Institute for Gender Equality – EIGE. Gender statistics and indicators. In: Gender mainstreaming; Methods and Tools. Luxembourg: European Union, s.d. [c]. https://eige.europa.eu/gender-mainstreaming/methods-tools/gender-statistics-indicators
Geena Davis Institute. (2021). The Double-Edged Sword of Online Gaming: An Analysis of Masculinity in Video Games and the Gaming Community. https://seejane.org/wp-content/uploads/gaming-study-2021-7.pdf.
Greer, S. (2018). Queer Representation in Games Isn't Good Enough, But It Is Getting Better. Gamesradar. Retrieved December 7, 2021. https://www.gamesradar.com/queer-representation-in-games-isnt-good-enough-but-it-is-getting-better/
Hamlin, C. (2007). O Que É Epistemologia Feminista? Que Cazzo [online]. https://quecazzo.blogspot.com/2007/09/o-que-epistemologia-feminista.html
Haraway, D. (1995). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5, 7-41.
Harding, S. (1993). A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. Tradução Vera Pereira. Estudos feministas, Florianópolis, 1(1), 7-32.
Heidari, S., Babor, T. F., Castro, P. de, Tort, S., & Curno, M. (2017). Equidade de sexo e gênero na pesquisa: fundamentação das diretrizes SAGER e uso recomendado. Epidemiol. Serv. Saúde, 26(3), 665-676. https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000300025
Heerdt, B., & Batista, I. de L. (2016a). Questões de Gênero e da Natureza da Ciência na Formação Docente. Investigações em Ensino de Ciências, 21(2), 30-51.
Heerdt, B., & Batista, I. de L. (2016b). Unidade Didática na Formação Docente: Natureza da Ciência e a visibilidade de Gênero na Ciência. Experiências em Ensino de Ciências, 11(2), 39-60.
IGDA (International Game Developers Association). (2021). Developer Satisfaction Survey 2021: A Summary Report. IGDA.org. https://igda-website.s3.us-east-2.amazonaws.com/wp-content/uploads/2021/10/18113901/IGDA-DSS-2021_SummaryReport_2021.pdf.
IGDA (International Game Developers Association). (2015). Developer Satisfaction Survey 2021: A Summary Report. IGDA.org. https://igda-website.s3.us-east-2.amazonaws.com/wp-content/uploads/2019/04/21174418/IGDA_DSS_2015-Summary_Report.pdf.
Kilomba, G. (2019). Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano. Tradução Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó.
Leite, J. C. (2014). Controvérsias científicas ou negação da ciência? A agnotologia e a ciência do clima. Scientiae Studia, 12(1), 179-189. https://doi.org/10.1590/S1678- 31662014000100009.
Martins, E. de F., & Hoffmann, Z. (2007). Os papéis de gênero nos livros didáticos de ciências. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 9(1), 132-151.
Noble, S. U. (2018). Algorithms of oppression: how search engines reinforce racism. New York: New York University Press.
Proctor, R. N. (2008). Agnotology: a Missing Term to Describe the Cultural Production of Ignorance (and Its Study). In: Proctor, R. N.; Schiebinger, L. (eds.). Agnotology: the making and unmaking of ignorance. Stanford University Press: USA, 1-33.
Rêgo, A. R. (2021). A construção intencional da ignorância na contemporaneidade e o trabalho em rede para combater a desinformação. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 15(1), 221-232. https://doi.org/10.29397/reciis.v15i1.2293
Santos, V. M. (2018). Notas desobedientes: decolonialidade e a contribuição para a crítica feminista à ciência. Psicologia & Sociedade, 30, 1-11.
https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30200112
Schiebinger, L. (2021). Gendered Innovations: integrating sex, gender, and intersectional analysis into science, health & medicine, engineering, and environment. Tapuya: Latin American Science, Technology and Society, 4(1), 1-17. https://doi.org/10.1080/25729861.2020.1867420
Schiebinger, L. et al. (2021a). Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/
Schiebinger, L. et al. (2021b). Making Machines Talk [estudo de caso]. In: Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/case-studies/machines.html#tabs-2
Schiebinger, L. et al. (2021c). Video Games [estudo de caso]. In: Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/case-studies/games.html#tabs-2
Schiebinger, L. et al. (2021d). Heart Disease in Diverse Populations: Analyzing Sex and Gender [estudo de caso]. In: Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/case-studies/heart.html#tabs-2
Schiebinger, L. et al. (2021e). Textbooks: Rethinking Language and Visual Representations [estudo de caso]. In: Gendered Innovations in Science, Health & Medicine, Engineering and Environment. http://genderedinnovations.stanford.edu/case-studies/textbooks.html#tabs-2
Schiebinger, L. (2014). Expandindo o Kit de ferramentas agnotológicas: métodos de análise de sexo e gênero. Revista Feminismo, 2(3), 85-102.
Schiebinger, L. (2008). West Indian Abortifacients and the Making of Ignorance. In: Proctor, R. N.; Schiebinger, L. (eds.). Agnotology: the making and unmaking of ignorance. Stanford University Press: USA, 149-162.
Schiebinger, L. (2001). O feminismo mudou a ciência? Tradução Raul Fiker. Bauru, SP: EDUSC.
Schiebinger, L. (2000). Exotic abortifacients: the global politics of plants in the 18th century. Endeavour, 24(3), 117-121. https://doi.org/10.1016/S0160-9327(00)01308-9
Silveira, M. L. A. de S., & Chagas, F. A. O. (2019). A produção científica feminina em livros didáticos de Ciências da Natureza e de Matemática. Anais da Semana de Licenciatura, 1(1), 62-65. https://doity.com.br/anais/simposiobrasileiromaternidadeeciencia/trabalho/83427
Souza, A. M. F. de L. Ensino de Ciências - onde está o gênero? Revista FACED, Salvador, 13, 149-160, jan/jun. https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/1392/1/2393.pdf
Strömquist, L. (2018). A origem do mundo: uma história cultural da vagina ou a vulva vs. o patriarcado. Tradução de Kristin Lie Garrubo. 1 ed. São Paulo: Quadrinhos na Cia.
Tobin, S. (2017). Gender equality in science: experts tackle the challenges revealed by data. Elsevier Connect. https://www.elsevier.com/connect/gender-equality-in-science-experts-tackle-the-challenges-revealed-by-data
Tuana, N. (2008). Coming to Understand: Orgasm and the Epistemology of Ignorance. In: Proctor, R. N.; Schiebinger, L. (eds.). Agnotology: the making and unmaking of ignorance. Stanford University Press: USA, 108-145.
Williams, D., Martins, N., Consalvo, M., & Ivory, J. D. (2009). The Virtual Census: Representations of Gender, Race and Age in Video Games. New Media & Society, 11(5), 815-834. https://doi.org/10.1177%2F1461444809105354
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Tempos e Espaços em Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
À Revista Tempos e Espaços em Educação ficam reservados os direitos autorais pertinentes a todos os artigos nela publicados. A Revista Tempos e Espaços em Educação utiliza a licença https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (CC BY), que permite o compartilhamento do artigo com o reconhecimento da autoria.