Meninas na Ciência: investigação e indícios de Alfabetização Científica
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v17i36.20025Palavras-chave:
Ensino Fundamental., Resolução de Problemas., STEAM.Resumo
O aumento do número de mulheres no mercado de trabalho tem sido uma tendência no Brasil nos últimos anos. Contudo, a literatura destaca a persistente invisibilidade das mulheres na ciência, refletida em sua subrepresentação no campo profissional. A ascensão das mulheres nesse domínio ainda é simbólica quando comparada às oportunidades disponíveis. Estereótipos sociais, que sugerem habilidades distintas para homens e mulheres em determinadas carreiras, podem contribuir para essa disparidade, afetando a motivação e o interesse de estudantes do sexo feminino em disciplinas científicas ao longo da escolaridade. Frente a esse contexto, este estudo foi conduzido com o objetivo de explorar os indícios de Alfabetização Científica no desenvolvimento de um projeto investigativo por meninas do 9º ano Ensino Fundamental II de uma escola SESI no interior de São Paulo. Os dados foram coletados por meio da escrita de um diário de bordo construído pelas meninas bem como de suas falas. A análise considerou as categorias de Alfabetização Científica relacionadas aos objetivos educacionais em ciências, abrangendo dimensões práticas, cívicas e culturais, além de dimensões funcional, conceitual e processual. Os resultados revelaram indícios de Alfabetização Científica em todas as categorias ao longo do projeto. As alunas demonstraram progresso no desenvolvimento de conhecimentos e habilidades científicas, adotando uma postura mais crítica em concordância com os princípios da Alfabetização Científica. Esses achados ressaltam a importância de apoiar a participação feminina para promover igualdade de gênero e aumentar o interesse nas disciplinas científicas.
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