Pedagogia Feminista Negra: veneno decolonial tomando rumos de teoria da educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v18i37.23439

Palavras-chave:

Educação e Feminismo Negro, Pedagogia Feminista Negra. Teoria da Educação.

Resumo

A finalidade deste artigo é apontar os primeiros indícios de como a Pedagogia Feminista Negra pode se constituir futuramente enquanto uma teoria da educação. Ele é fruto de um ensaio teórico que pretende estabelecer diálogos entre as teóricas do feminismo negro que tratam direta ou indiretamente sobre educação, afim de apontar a insurgência de um pensamento que indica a Pedagogia Feminista Negra como potencial teoria da educação. De posse dos conceitos chave de suas teorizações, dirigimos o nosso olhar para como tais conceitos podem orientar uma prática pedagógica que evidencia o pensamento, a experiência e a perspectiva de mulheres negras para pensar a sociedade, as relações, a interseccionalidade e outros elementos que possuem potencial quando dirigidos aos espaços onde se estabelecem relações de ensino e relações de aprendizagem. Não esgotando as possibilidades de pensar uma nova teoria da educação, a Pedagogia Feminista Negra inaugura sinais de uma educação antirracista, mas necessita de estudos direcionados às teorias de aprendizagem e outros elementos que podem ser identificados a partir dos pilares do Feminismo Negro.

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Biografia do Autor

Juliana Santos de Santana, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia, Brasil.

Graduada em Pedagogia. Pós Graduada em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica. Atualmente é mestranda em educação pela Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGE-UEFS), é ativista do movimento social de mulheres negras e atua profissionalmente como Pedagoga no Projeto Ayomide Odara no Programa de Educação do Odara - Instituto da Mulher Negra.

Jaqueline de Souza Pereira Grilo, Universidade Estadual de Feira de Santana

Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2002), mestrado em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2014) e doutorado em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2019). É professora adjunta do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e atua no Programa de Pós-Graduação em Educação da UEFS. Tem experiência na área de ensino de Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: matemática específica para ensinar e formação do professor que ensina Matemática.

Pedro Paulo de Souza Rios, Universidade Federal Vale do São Francisco, Senhor do Bonfim, Bahia, Brasil.

Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Sergipe - UFS. Pós-Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Sergipe - UFS; Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos - PPGESA - Universidade do Estado da Bahia, Pós-Graduado em Gênero e Sexualidade na Educação pela Universidade Federal da Bahia - UFBA; Filosofia Contemporânea - Faculdade São Bento; Educação de Jovens e Adultos, pela Universidade Cândido Mendes; Licenciado em Pedagogia - UNEB; Filosofia - FBB; Bacharel em Teologia Faculdade Católica do Ceará. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Sexualidades do Sertão - GENESES-Sertão; Membro do Grupo de Pesquisa Educação, Sociedade e Desenvolvimento; Membro do Núcleo de Pesquisas e Estudos sobre Pedagogia Universitária - NEPPU. Atualmente é professor Visitante na Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS. Tem experiência na área de: Educação. Gênero e Sexualidade, Currículo, Educação Contextualizada e Estágio Curricular Supervisionado e Currículo; Teorias da Educação; Didática, Educação de Jovens e Adultos.

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Publicado

2025-10-06

Como Citar

Santana, J. S. de, Grilo, J. de S. P., & Rios, P. P. de S. (2025). Pedagogia Feminista Negra: veneno decolonial tomando rumos de teoria da educação. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 18(37), e23439. https://doi.org/10.20952/revtee.v18i37.23439

Edição

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Publicação Contínua