MULHERES NA LUTA: PARTICIPAÇÃO DE MULHERES NAS OCUPAÇÕES DE 2016 NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v11i27.7409Resumo
Partindo dos estudos sobre a participação de mulheres em movimentos sociais, buscamos apresentar como mulheres universitárias estão construindo seus papéis e sua voz nos movimentos estudantis. O objetivo desta pesquisa é analisar a participação de mulheres nas ocupações realizadas em 2016 na Universidade Federal de Pernambuco, a partir da observação participante e de entrevistas em ocupações de três centros universitários. Por meio da Análise de Conteúdo, pudemos inferir que essas mulheres se deparam com desafios semelhantes aos de seu cotidiano, porém, a partir do diálogo e da resistência, conseguem encontrar espaços privilegiados para o debate de questões que envolvem desigualdade de gênero. A vivência de práticas democráticas e o ambiente propício à discussão dos direitos humanos fomentam uma potencial transformação nas práticas e nas relações com os homens e com outras mulheres, com demonstrações de empoderamento e protagonismo.
Palavras-chaves: Movimentos sociais. Feminismo. Gênero.
Downloads
Referências
ALVES, Giovanni. Ocupar Wall Street... e depois?. In: HARVEY, D. et al. Occupy. São Paulo: Boitempo/Carta Maior, 2012. p. 31-36.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu, n. 26, 2006. p. 329–376.
BRINGEL, Breno. O futuro anterior: continuidades e rupturas nos movimentos estudantis do Brasil. Eccos - Revista Científica, v. 11, n. 1, Jan-jun, 2009. p. 97-121.
COLLINS, Patrícia H. Em Direção a uma nova visão: raça, classe e gênero como categorias de análise e conexão. In: MORENO, Renata (Org.). Reflexões e práticas de transformação feminista. São Paulo: SOF, 2015. p. 13-42.
COSTA, Ana Alice. O movimento feminista no Brasil: dinâmicas de uma intervenção política. Niterói, v. 5, n. 2, p. 9-35, 1. Sem, 2005.
COSTA, Ana Alice. Gênero, poder e empoderamento das mulheres. 2008. Disponível em: <https://pactoglobalcreapr.files.wordpress.com/2012/02/5-empoderamento-ana-alice.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2017.
GARGALLO, Francesca. Feminismo latinoamericano: una lectura histórica de los aportes a la liberación de las mujeres. 2012. Disponível em: <https://francescagargallo.wordpress.com/ensayos/feminismo/no-occidental/fem-latinoam-una-lectura-historia-de-aportes/>. Acesso em: 27 jul. 2017.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1995.
GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, n. 47, v. 16, maio/ago, 2011.
GOMES, Romeu. Análise e Interpretação de Dados de Pesquisa Qualitativa. In: MINAYO, Maria Cecília (Org). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2009. p. 79-108.
KERGOAT, Daniele. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: HIRATA, Helena; LABORIE, Françoise; LE DOARÉ, Hélène; SENOTIER, Danièle (orgs.). Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo, Unesp, 2009, p. 67-75.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MACEDO FILHO, Renato; COSTA, Ana Alice. Participação das mulheres no movimento sem teto em Salvador: dando vozes a quem tem o que dizer. In: SOUZA, Angela; ARAS, Lina (Org.) Mulheres e Movimentos: estudos interdisciplinares de gênero. Salvador: EDUFBA, 2014. p. 13-42
MENDES, Alexandre. Ocupações estudantis: novas assembleias constituintes diante da crise?. Revista Lugar Comum, n.º 45, maio– dez, 2015. p. 16-41.
MORAES, Maria Lygia Q. O feminismo político e a luta contra a ditadura civil-militar. Revista Coletiva, n.12, set-dez, 2013. p. 1-4.
OSÓRIO, Bruna. A (in)visibilidade das mulheres no movimento estudantil: do passado ao presente. [dissertação] Programa de Pós-graduação em Psicologia. Santa Maria: UFSM, 2014.
PISCITELLI, Adriana. Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, v. 11, n. 2, 2008. p. 263–274.
PIZARRO, Paula R. O. ; DUCASSE, Jorge F. C. Educación, movimientos sociales y poder popular. Apuntes teóricos para la praxis político-pedagógica. Revista Actuel Marx / Intervenciones, n.13, segundo semestre, 2012. p. 215-235.
RODINO, Ana María. ¿Qué revelan las investigaciones sobre las actuales prácticas pedagógicas y didácticas de educación en derechos humanos en América Latina?. In: XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP – Campinas, Anais eletrônicos, 2012. Disponível em: <http://www.infoteca.inf.br/endipe/smarty/templates/arquivos_template/upload_arquivos/acervo/docs/0026s.pdf>. Acesso em: 27 jul.2017.
SILVA, Mayris; MENDONÇA, Viviane. Mulheres no movimento estudantil e as universidades públicas brasileiras da década de 1990: gênero e educação. Laplage em Revista (Sorocaba), vol.2, n.3, set.- dez. 2016, p.180-193.
SOUSA, Janice. T. P. de. Reinvenções da utopia: a militância política de jovens nos anos 90. São Paulo: Hacker, 1999.
STERNBACH, Nancy Saporta, NAVARRO-ARANGUREN, Marysa, CHUCHRYK, Patricia; ALVAREZ, Sonia E. Feministas na América Latina: de Bogotá a San Bernardo. Revista Estudos Feministas, nº 2, v. 2, 1994. p. 255-295.
ZAIDMAN, Claude. Educação e socialização. In: HIRATA, Helena; LABORIE, Françoise; LE DOARÉ, Hélène; SENOTIER, Danièle (orgs.). Dicionário Crítico do Feminismo.São Paulo, Unesp, 2009, p. 67-75.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
À Revista Tempos e Espaços em Educação ficam reservados os direitos autorais pertinentes a todos os artigos nela publicados. A Revista Tempos e Espaços em Educação utiliza a licença https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (CC BY), que permite o compartilhamento do artigo com o reconhecimento da autoria.