DO BRASIL PARA O MUNDO: A PRÁTICA CORPORAL DA CAPOEIRA NA ARTICULAÇÃO DE PROCESSOS FORMAIS E NÃO-FORMAIS DE EDUCAÇÃO

Autores

  • JOSE LUIZ CIRQUEIRA FALCAO Universidade Federal de Goiás - UFG

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v11i24.7642

Resumo

Nesse artigo analisamos aspectos da trajetória histórico-social da capoeira, uma prática corporal de origem popular criada pelos negros escravizados no Brasil, em sua relação com os campos formal e não-formal de educação e apontamos subsídios que podem auxiliar na articulação e complementariedade entre esses campos. Embora tenha se consolidado preponderantemente no campo não-formal de educação, a capoeira transita por diversos espaços de prática como versátil manifestação ancorada especialmente em três importantes aspectos da dinâmica cultural atual: internacionalização, resistência cultural e mobilidade. Por intermédio dela, intencional ou incidentalmente, pessoas de diferentes grupos étnicos e classes sociais educam-se e constroem laços de convivência e solidariedade para enfrentarem desafios diversos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

JOSE LUIZ CIRQUEIRA FALCAO, Universidade Federal de Goiás - UFG

Dr. em Educação, Pós-doutorado em Educação Física, Professor Associado da Faculdade de Educação Física e Dança da universidade Federal de Goiás.

Referências

AMADO, J. Bahia de todos os santos: guia das ruas e dos mistérios da cidade de Salvador. 12. ed. São Paulo: Martins, 1966.

BRANDÃO, C. R. O que é educação. 25ª ed. São Paulo: Editora Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1989.

BRASIL. Pátria Educadora. In: Secretaria de Assuntos Estratégicos. 2015. Disponível em: <http://www.sae.gov.br/category/assuntos/educacao/patria-educadora/>. Acesso em 10 fev. 2015.

CARNEIRO DA CUNHA, M. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

COSTA, N. L. De ato marginal a patrimônio imaterial: análise das políticas culturais para a capoeira. In: RUBIM, A. A. C. (Org.). Políticas culturais no governo Lula. Salvador: EDUFBA, Coleção Cult, 2010.

DaMATTA, R. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1989.

FALCÃO, J. L. C. O jogo da capoeira em jogo e a construção da práxis capoeirana. Tese (Doutorado em Educação). Salvador. Faculdade de Educação. Universidade Federal da Bahia, 2004.

FARIAS, E. S. de. e MIRA, M. C. Faces contemporâneas da cultura popular. (Orgs.). Jundiaí: Paco Editorial, 2014.

FLEURI, R. M. Desafios à Educação Intercultural no Brasil. Revista Percursos, Florianópolis, v. 2, p. 109/128, 2001.

FLEURI, R. M. Educação intercultural: a construção da identidade e da diferença nos movimentos sociais. In: Perspectiva – Revista do Centro de Ciências da Educação da UFSC, Florianópolis, v. 20, n. 02, p. 405-423, jul./dez. 2002.

FLEURI, R. M. Educação intercultural: mediações necessárias. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. Trad. João Paulo Monteiro. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1990.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Certidão do registro nº 7: Roda de Capoeira. Brasília: Serviço Público Federal – Ministério da Cultura, 2008. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/certidao_roda_de_capoeira.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2016.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Patrimônio cultural imaterial da humanidade. Brasília, 2015. Disponível em <http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/71> Acesso em: fev. 2016.

MOREIRA, Gilberto Passos Gil. Discurso do ministro da cultura em Genebra. Genebra, 2004. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/noticias/discursos/>, acesso em: fev. 2016.

REGO, W. Capoeira Angola: um ensaio sócio-etnográfico. Salvador: Itapuã, 1968.

REIS, L. V. S. O mundo de pernas para o ar: a capoeira no Brasil. São Paulo: Publisher Brasil, 1997.

SNYDERS. A alegria na escola. São Paulo: Manole, 1988.

SOARES, C. E. L. A negregada instituição: os capoeiras no Rio de Janeiro, 1850-1890. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1994.

TRAVASSOS, S. D. Negros de todas as cores: capoeira e mobilidade social. In: BACELAR, J. & CAROSO, C. (Orgs.). Brasil: um país de negros? Rio de Janeiro: Pallas; Salvador-BA: CEAO, p. 261-271, 1999.

VON SIMSON, O. R. M.; PARK, M. B. e FERNANDES, R. S. Educação não-formal: um conceito em movimento. In: Visões singulares, conversas plurais. São Paulo: Itaú Cultural, 2007. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/bcodemidias/000459.pdf>. Acesso: 20 fev. 2016.

ZANDOMÍNEGUE, B. A. C. e MELLO, A. S. A cultura popular nas aulas de educação física. Curitiba: Appris, 2014.

Downloads

Publicado

2018-01-19

Como Citar

FALCAO, J. L. C. (2018). DO BRASIL PARA O MUNDO: A PRÁTICA CORPORAL DA CAPOEIRA NA ARTICULAÇÃO DE PROCESSOS FORMAIS E NÃO-FORMAIS DE EDUCAÇÃO. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 11(24), 73–86. https://doi.org/10.20952/revtee.v11i24.7642

Edição

Seção

Número Temático: Práticas Artísticas, Culturas Subalternizadas e Educação