FINALIDADE EDUCATIVA DO PENSAMENTO EDUCACIONAL DE DURKHEIM: UM PER(IN)CURSO
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v11i01.9659Resumo
Este ensaio trata de reflexões que buscam articular as interseções entre o pensamento educacional cunhado por Durkheim, tomando como fio condutor a sua defesa a laicidade e a instauração da Educação como dever uno do Estado e o fazer educacional nacional atual, que reverbera nos moldes operantes do sistema de ensino brasileiro. Sem perder de vista o pano de fundo histórico que rege o tecer de sentidos e funcionalidades educacionais, o argumento central é que ainda há predominância de uma moral conservadora e religiosa que norteiam o funcionamento da Educação no Brasil, permeada por uma concepção de que a educação deva fomentar valores ligados a direitos de duas ordens: os ligados à cidadania e, por isso, ligados também a processos históricos e políticos específicos.
Downloads
Referências
ARENDT, H. A crise na educação. In: ______. Entre o passado e o futuro. Tradução: Mauro W. Barbosa de Almeida. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. p. 221-48.
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. Tradução: Sérgio Barth. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2002.
ALPERT, H. Durkheim. Tradução: José Medina. Cidade do México: Fondo de Cultura Econômica, 1986.
BRASIL. Lei No. 9394: diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em: <http://www.oabsp.org.br/lexonline/ default_fr.html>. Acesso em: 19 dez. 2017.
__________. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. Disponível em: <http://www.oabsp.org.br/lexonline/default_fr.html>. Acesso em: 19 dez. 2017.
__________. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 867/2015. Brasília: Câmara dos Deputados, 2015.
__________. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: segunda versão revista. Brasília: MEC, 2016.
__________. Ministério da Educação. Planejando a próxima década: conhecendo as 20 metas do PNE. Brasília: MEC, 2014.
BENTO, B. Na escola se aprende que a Diferença faz a diferença. Rev. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, n.2, p. 548-559, 2011.
BOBBIO, N. As ideologias e o poder em crise. Tradução de João Ferreira. 4. ed. Brasília: UNB, 1999.
CHARLOT, B. A mistificação pedagógica: Realidades Sociais e Processos Ideológicos na Teoria da Educação. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1983.
CHIZZOTTI, A. Currículo por competência: ascensão de um novo paradigma curricular. In: Educação e Filosofia, v. 26 – nº 52 – jul/dez. 2012. Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Educação, Instituto de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação em Filosofia. p. 429-448
COELHO, R. Estrutura Social e Dinâmica Psicológica. São Paulo: Perspectiva: Cesa, 2007.
DOMINGUES, I. Epistemologia das ciências humanas. São Paulo: Loyola, 2004.
DURKHEIM, E. Educação e Sociologia. Tradução: Lourenço Filho. São Paulo: Melhoramentos, 1978.
__________. Sociologia, educação e moral. Tradução: Evaristo Santos. Porto: RÉSEditora Ltda., 1984.
__________. Sociologia e Filosofia. Tradução: Celso do Prado Ferraz de Carvalho. São Paulo: Ícone, 1994.
__________. A Evolução Pedagógica. Tradução: Fátima Martins. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
__________. Da divisão do trabalho social. Tradução: Joaquim Pereira Neto. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
__________. A Educação Moral. Tradução: Celso do Prado Ferraz de Carvalho. Petrópolis: Vozes, 2008.
GALLIANO, E. Introdução à Sociologia. São Paulo: Harbra, 1981.
GENTILI, P. A.A; SILVA, T. T.. Neoliberalismo, qualidade total e educação. 4. ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 1996.
GIANNOTTI, J. A. A Sociedade como Técnica da Razão. São Paulo: Estudos Cebrap, 1975.
GIL, Antônio C. Metodologia do Ensino Superior. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
HEGEL, G. W. F. Introdução à história da filosofia. Tradução de Antônio Pinto de Carvalho. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
LACROIX, B. Durkheim y lo político. México: Fundo de Cultura Económica, 1984.
LUCENA, C. Pensamento educacional de Émile Durkheim. Revista HISTEDBR [On-line], Campinas, n.40, p. 295-305, 2010.
MARTINS, C. B. O que é sociologia. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
MACEDO, E. As demandas conservadoras do movimento escola sem partido e a base nacional curricular comum. Educação & Sociedade [on-line], V. 38, p. 507-524, 2017. Disponível em:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=87351644014> Acesso em: 20 dez. 2017.
MOREIRA, A.F.B.; CANDAU, V.M.F. Indagações curriculares: currículo. Brasília: MEC, 2009.
NISBET, R. Conservantismo. In: BOTTOMORE, T.; NISBET, R. (Orgs.). História da Análise Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. _______. Os filósofos sociais. Tradução: Yvette Vieira Pinto de Almeida. Brasília: Universidade de Brasília, 1982. p. 422-440.
NOGUEIRA, J R. N. Tangências, adjacências e enviesamentos dos discursos brasileiros sobre educação inclusiva: educação, aprender e ensinar. 131 f. (Dissertação) Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
ORTIZ, R. Durkheim: arquiteto e herói fundador. In: Ciências Sociais e Trabalho Intelectual. São Paulo: Olho dágua, 2002. p. 65-81.
PERONI, V. Política educacional e papel do Estado no Brasil dos anos 1990. São Paulo: Xamã, 2003.
RAVITCH, D. Reign of error: the hoax of the privatization movement and the danger to America’s public schools. New York: Random House, 2013.
RESENDE, L. Escola sem partido quer fim da “doutrinação de esquerda”. O Dia, 06 set. 2015. Disponível em: <http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2015-09-06/escola-sempartido-quer-fim-da-doutrinacao-de-esquerda.html>. Acesso em: 21 dez. 2017.
SAHLBERG, P. Finnish Lessons 2.0. Nova York: Teachers College Press, 2015.
SELL, C. E. Sociologia Clássica. 4. ed. Itajaí: Univali, 2002.
SOARES, Maria Vitória Benevides. Cidadania e direitos humanos. In: CARVALHO, José Sérgio Fonseca de (Org.). Educação, cidadania e direitos humanos. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 43-65.
TIRYAKIAN, E. Èmile Durkheim In: BOTTOMORE, Tom & NISBET, Robert (Org.). História da Análise Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980. p. 291-316.
VARGAS, E. V. Antes Tarde do que Nunca: Gabriel Tarde e a Emergência das Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2000.
VARES, S. A formação do cidadão republicano: sociologismo, individualismo e educação moral em Émile Durkheim. 221 f. Tese de doutorado em Educação, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2013.
WEISS, R. Estado, sociedade civil e indivíduo na teoria política de Durkheim. In: MARTINS, Paulo Henrique (Org.). Limites da democracia. Recife:UFPE, 2008. p. 245-258.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
À Revista Tempos e Espaços em Educação ficam reservados os direitos autorais pertinentes a todos os artigos nela publicados. A Revista Tempos e Espaços em Educação utiliza a licença https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (CC BY), que permite o compartilhamento do artigo com o reconhecimento da autoria.
