História (do Tempo Presente), memória e trauma na Ditadura do Estado Novo no Brasil (1937-1945)
DOI:
https://doi.org/10.33662/ctp.v9i2.11167Resumo
Recebido: 15/08/2018
Aprovado: 20/11/2018
Publicado: 10/12/2018
Por se tratar de um período de bastante violência, ameaça e repressão, a Ditadura do Estado-Novo de Vargas vem chamando cada vez mais a atenção de historiadores que, atentos a relação entre história (do tempo presente), memória e trauma, voltavam-se mais comumente ao Golpe de 1964 para justificar a necessidade de construção do que se pode chamar de uma memória coletiva. Partindo desse contexto, o presente trabalho, para além de explorar as relações entre história (do tempo presente), memória e trauma, procurará melhor compreender a Ditadura do Estado-Novo, que perdurou de 1937 a 1945, bem como porquê, diante de episódios tão importantes e representativos como esse, nos foi imposto, no mais das vezes, um dever de silêncio e esquecimento. Adotando metodologia bibliográfica e método dedutivo, o trabalho conclui, ao seu final, que, em paralelo ao trauma que atinge as vítimas, é o Estado um dos que mais contribui para um esquecimento desses episódios que, pelo contrário, merecem ser lembrados e sobretudo discutidos criticamente, como forma de disso retirarmos valiosas contribuições para nos afastar desse mesmo passado em direção a um futuro diferente.
Palavras-chave: História, memória, trauma, ditadura e Brasil.