Masculinidade personalista em “República dos assassinos”:
o passado presente na era Bolsonaro
DOI:
https://doi.org/10.33662/ctp.v13i2.18593Resumo
Recebido: 30/10/2021
Aprovado: 30/04/2022
As declarações misóginas do Presidente Jair Bolsonaro são publicizadas desde sua época de deputado federal. Hoje na Presidência, entendemos que suas ações estão fincadas em raízes violentas, que reproduzem uma lógica de ódio, masculinista e miliciana, já representada no cinema nacional. O objetivo deste artigo é refletir as origens dessa ordem masculinista personalista brasileira traçando paralelos entre a obra fílmica “República dos Assassinos” do diretor Miguel Faria Júnior (1979), as personagens circulantes da trama com as personalidades que fazem parte do atual governo bolsonarista. Objetivamos desnudar essas relações masculinistas personalistas e defender a tese de que o filme reflete (sem anacronismos) dados da nossa realidade presente. Para tanto, usamos as reflexões de Jacques Aumont e Julie Marie em uma análise temática do filme, percebendo os ecos de suas personagens “fictícias” nas manifestações performáticas próprias da masculinidade bolsonarista.
Palavras chaves: Masculinidade. Bolsonarismo. Memória. História. Cinema.